Wilson Nakodah Surui recebe título honorífico de honra ao mérito pela produção de café em Rondônia

Esse reconhecimento surge frequentemente em uma postura ética em relação à sociedade

Fundação Nacional dos Povos Indígenas
Publicada em 15 de junho de 2023 às 16:47
Wilson Nakodah Surui recebe título honorífico de honra ao mérito pela produção de café em Rondônia

No dia 25 de maio, durante o evento Rondônia Rural Show sediado no município de Ji-Paraná (RO), o indígena Wilson Nakodah Surui recebeu o título honorífico de honra ao mérito da assembleia legislativa do estado de Rondônia, pelos seus serviços prestados. A homenagem consiste em um título de virtude dado a pessoas ou organizações que obtiveram reconhecimento público de suas atividades. Esse reconhecimento surge frequentemente em uma postura ética em relação à sociedade.

Wilson tem 63 anos e é casado com Maria Kawangawa Cinta Larga. Pertence a uma família de produtores rurais e residente na aldeia Kabaney localizada na Terra Indígena Sete de Setembro, no município de Cacoal/RO. Seu histórico de excelência na produção do café deu ao indígena prêmios e reconhecimento pelas suas safras, sendo membro do projeto 3 corações Tribos, no qual recebeu incentivos por projetos de etnodesenvolvimento promovido pela Coordenação Regional da Funai em Cacoal/RO.

Para o coordenador regional de Cacoal, Ronivaldo Pinheiro da Silva, “é gratificante presenciar o reconhecimento dos produtos indígenas em espaços dominados por não indígenas. Isso expõe o avanço da prática do cultivo tradicional do café realizado pela família, e o resultado positivo dos incentivos governamentais”.

A produção de café de qualidade feita nas terras indígenas Sete de Setembro e Rio Branco confirma o potencial econômico e sustentável da cafeicultura indígena em Rondônia. A cafeicultura é uma atividade tradicional de Rondônia. Algumas comunidades indígenas cultivam café há mais de 30 anos. Somente na Terra Indígena Sete de Setembro, o cultivo do café envolve cerca de 110 famílias distribuídas por 15 aldeias. Como a produção indígena é familiar, com unidade produtiva média de um hectare, o aumento do número de famílias produtoras e a organização delas em associações cooperativas permite a produção em larga escala.

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