Governo se contamina com caramujos
Jeff Canguru*
O Governo de Rondônia está contaminado com a doença do caramujo africano. A doença é grave, chama-se “lerdeza”, e põe em risco todos os órgãos vitais da máquina administrativa. Especialistas buscam a cura para o mal. Segundo o diagnóstico, a cabeça funciona bem e o pulso ainda pulsa, mas o Estado está debilitado, sem anticorpos, anêmico e cheio de parasitas.
A população de todas as regiões de Rondônia torce pela melhora: padres rezam missas, pastores fazem campanhas de oração, empresários contam dinheiro, homossexuais fazem paradas gays, funcionários públicos cruzam os braços, colunistas escrevem besteiras, enfim... todos mobilizados para ajudarem na cura.
Mas, segundo todos os tarôs, bolas de cristais e mães Dinas, a solução está no mar. Como? No pré-sal? Não! No sal! É só jogar sal que derrete os caramujos e a doença vai embora. Tem caramujos por toda a parte - nas secretarias regionais, na secretaria de administração, na saúde, na educação e na assessoria direta do governador. Talvez um tsunami resolvesse o problema. Já pensou Rondônia inundada com água salgada? Não sobraria sequer uma lesma dentro dos caracóis.
Outra solução poderia resolver, de uma vez por todas, essa doença chamada lerdeza. Se as usinas do Jirau e de Santo Antônio estivessem operando, poderia ser feito, por alguns minutos, um tratamento de choque nesse governo. Como diria Gaúcho da Fronteira, “Mas tu tem que levar choque, ficar grudado nos fios”.
*Jeff Canguru é jornalista e observador da política em Rondônia