Imigração haitiana: Pesquisadores da UNIR publicam artigo em revista de Antropologia da Universidade de Buenos Aires
O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores tem como objetivo devolver para a sociedade os resultados da pesquisa na forma de projetos de inclusão de pessoas, formação profissional, escrita e publicação de...
Neste início de 2015, os pesquisadores da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), professora doutora Marília Lima Pimentel, do Departamento de Línguas Vernáculas (DLV), e o egresso do programa de pós-graduação da UNIR, mestre Geraldo Castro Cotinguiba, tiveram um artigo sobre imigração haitiana para o Brasil publicado, por meio doInstituto de Ciencias Antropológicas, da Facultad de Filosofia y Letras da Universidad de Buenos Aires (UBA), na Revista Electrónica “Temas de Antropología y Migración, nº 7, (disponível em http://www.migrantropologia.com.ar/images/stories/PDF/Revista7/revista07.pdf).
O artigo é fruto da pesquisa dos professores que, desde 2011, tem se dedicado a desenvolver pesquisa científica, extensão universitária e ajuda humanitária junto aos haitianos em Porto Velho e em outras cidades do Brasil. Nessa publicação, a discussão central é em torno de relatos etnográficos (a pesquisa de campo) e dos desdobramentos do processo de inserção social dos haitianos em Porto Velho.
Além desse artigo, os demais trabalhos da dupla podem ser conferidos no blog que mantém no seguinte endereço http://leounir.blogspot.com.br/.
Resultados da pesquisa
O trabalho desenvolvido pelos pesquisadores tem como objetivo devolver para a sociedade os resultados da pesquisa na forma de projetos de inclusão de pessoas, formação profissional, escrita e publicação de dados. “Entendemos que o papel da universidade pública é devolver para a sociedade aquilo que ela paga na forma de impostos, nesse caso, é uma resposta para questões sociais”, afirmou a professora Marília Pimentel.
Com o projeto de extensão “Migração internacional na Amazônia brasileira: linguagem e inserção social de haitianos em Porto Velho”, a dupla de pesquisadores já proporcionou o ensino de português, da história e da cultura brasileira para mais de 1.000 haitianos e contribuiu com a formação de, aproximadamente,15 pesquisadores, sendo que desses, pelo menos 5 conseguiram emprego antes de concluir o curso de graduação.
Para a professora Marília Pimentel, “a oportunidade de vivenciar uma experiência de pesquisa e, principalmente, de sala de aula, habilita o futuro professor a se destacar na sua profissão, dando-lhe mais conhecimento de causa e experiência prática”.
Para o mestre Geraldo Cotinguiba, “o trabalho não contempla apenas os haitianos, ele tem como objetivo formar pesquisadores da UNIR, dialogar com o poder público e, mais importante, dar oportunidade para que futuros professores e pesquisadores possam entrar em ação ao longo de sua formação”.
Sobre os pesquisadores
Atualmente, a professora doutora Marília Pimentel é chefe do Departamento de Línguas Vernáculas da UNIR e líder do grupo de pesquisa Migração, Memória e Cultura na Amazônia Brasileira (MIMCAB), além de docente da graduação e do mestrado em Letras e Estudos Literários (MEL). Conforme ela explicou, suas pesquisas recentes têm sido realizadas de maneira interdisciplinar, entre antropologia e linguística.
Geraldo Cotinguiba obteve, em 2014, o título de mestre em História e Estudos Culturais pela UNIR, com um estudo sobre a imigração haitiana, focando a relação entre migração e trabalho. Atualmente, além de lecionar em outras instituições de ensino fundamental, médio e superior, mantém vínculo com a UNIR como pesquisador do MIMCAB e do LEO.
Fonte: UNIR