Beni Andrade (foto) é uma figura conhecida. Do rádio, da televisão, das comunicações. É um decano do meio e tem um público fiel, que o acompanha há anos. É cidadão exemplar, que cumpre suas obrigações. Pois Beni foi vítima, na última sexta-feira, de um total desrespeito que lotéricas, bancos e lojas praticam contra o cidadão comum. Ele queria apenas pagar uma conta. Coisa simples. Entrou numa fila para tentar pagar pouco mais de 800 reais numa lotérica. Foi avisado, quando chegou sua vez, que só poderia pagar se fosse até 700 reais. A atendente mandou que ele fosse ao Bradesco, onde lá sim, poderia quitar a conta, do próprio banco. Lá se foi o Beni cumprir seu calvário. Ficou longo tempo tentando encontrar um estacionamento, porque não os há, no centro da cidade, nem os pagos. Chegou ao banco e, antes de entrar na fila, foi informado por um segurança que só poderia quitar o bloqueto na agência, se o valor fosse superior a 1 mil reais. Não é inacreditável? Foi-lhe orientado então que procurasse uma loja, onde poderia resolver tudo. Chegando na loja e soube então, que aquele tipo de conta do Bradesco, a casa não mais recebia.

Essa inominável sacanagem, feita com um cidadão, que apenas queria cumprir seus compromissos, retrata muito bem o desrespeito, a falta de vergonha, a maneira como são tratadas as pessoas decentes nessa Rondônia e nesse Brasil. Beni desistiu da sua missão, por impossível de resolvê-la. Está pensando em levar o assunto à Justiça, porque não quer se calar ante a vergonhosa situação que foi colocado por incompetentes e ineptos. Talvez até o faça. Mas a coluna já o avisa. Lá no Judiciário, que se prepare para mais alguns anos de espera, isso se ainda não for considerado errado e não vá parar no Serasa, porque não pagou sua conta em dia. Beni é uma pessoa conhecida. Agora, imaginemos o que acontece todos os dias com os anônimos, que são tratados como coisas por bancos e instituições. Vergonha é pouco para falar sobre essa canalhice.

COFRE ABARROTADO

Batidas policiais no trânsito e a guarda municipal responsável pela fiscalização, estão abarrotando os cofres do Detran, com multas aplicadas em Porto Velho. Milhares delas são geradas todos os meses. Não se tem notícia para onde vai esse dinheiro ou se, além de multar, os PMs e guardas orientam os motoristas, os ajudam quando precisam, controlam o trânsito quando há algum problema ou, ainda, se ao menos fiscalizam áreas onde flanelinhas exigem dinheiro para não estragar carros. A indústria da multa explode de crescimento. Já a contrapartida, é claro, fica perto do zero.

OLHO NA VEJA!

A revista Veja deste final de semana vem aí com mais uma bomba. Uma daquelas que, ao explodir dentro do centro do poder, vai atingir muita gente. A história tem sexo, poder e corrupção, coisas que, aliás, sempre andam muito próximas. É uma mais um escândalo para abalar o já complicado governo da presidente Dilma Rousseff. Salve-se quem puder!

É BRINCADEIRA!

Obviamente é uma gozação. Só pode. Uma mulher, dizendo-se professora, postou o seguinte comentário numa notícia sobre greve, no site tudorondonia:” Sou professora formada e não mereso só este salario de fome por isso preciso ganhar mais, pois tenho trez filhos e ganho uma miseria...o Sintero está certo em fazer greve porque nos formamos e temos que ganhar bem pra encinar os alunos”. Que escreveu isso, claro que o fez por maldade.

NOTA ZERO

É inacreditável que um professor escreva “mereso”, ao invés de “mereço”; trez (ao invés de três); miséria sem acento no e; ainda pior, “encinar”, com c, ao invés de “ensinar”. Certamente foi alguém muito maldoso, querendo esculhambar os professores, quem postou esse comentário assustador. Só um semianalfabeto e não um professor de verdade escreveria um curto texto com tantos erros primários. Porque se fosse um professor mesmo, mereceria nota zero e salário zero. Tomara que não seja...

OS MORTOS NÃO IMPORTAM

Nas greves da PM da Bahia e no Rio, assim como da Guarda Municipal em São Paulo, ninguém está preocupado mesmo com a insegurança da população. O que se ouve de todas as autoridades – e dos próprios grevistas – é que o carnaval está correndo risco de não acontecer. E daí? Já aconteceram mais de 140 mortes violentas na Bahia, durante a greve da PM e ninguém deu bola. Mas o carnaval não: esse parece ser de importância vital para o Brasil. Eita gente que age como autoridade fuleira!

ATIRANDO NO MORTO

A violência total toma conta do Brasil. Em Fortaleza, depois de sete anos se arrastando na Justiça, um taxista finalmente foi condenado a 10 anos de prisão por ter matado um passageiro, em 2005, por causa de 1 centavo. Isso mesmo: 1 centavo. Já no Paraná, um caso impressionante. Bandidos invadiram o velório de um menino de 15 anos, que havia sido morto por gangue rival e...atiraram no cadáver várias vezes. No país da impunidade e do absurdo, onde a lei passa a mão na cabeça de criminosos, isso é só o começo...

GRANDE ALTA

Pouco se falou, mas tem gente ficando rica em Porto Velho. Na semana passada, na loja da Bemol do Porto Velho Shopping, um felizardo ganhou mais de 400 mil reais na Loto Fácil. Quase toda a semana sai um prêmio de loteria para Rondônia e para sua capital, mas pouco se informa sobre o assunto. Já tivemos aqui duas vezes ganhadores da Mega Sena. E um rondoniense, o Roberto Kuppé, que ganhou em Brasília. A sorte nos ronda...

PERGUNTINHA

Será que Neymar, o nosso grande craque, com seus dribles infernais, conseguirá ganhar a Copa do Mundo de 2014 sozinho?