Pressão política não interferiu em emissão de licença, afirma presidente do Ibama
Valter Campanato/ABr
Brasília - O presidente do Ibama, Bazileu Alves Margarido Neto, durante entrevista coletiva sobre a concessão de licença para hidrelétricas no Rio Madeira
Brasília - Ao anunciar a emissão da licença prévia para a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, em Rondônia, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bazileu Alves Margarido Neto, disse que não houve nenhum tipo de flexibilização no processo de análise, devido a pressões, por parte do órgão federal, e que o licenciamento seguiu todos os procedimentos estabelecidos na legislação.
Ele também reconheceu que a greve dos servidores do Ibama, da qual participaram oito técnicos que estavam envolvidos com a análise do projeto, pode ter contribuído para o atraso no anúncio do licenciamento. “O impacto que houve foi que a capacidade do Ibama ficou reduzida, por isso que talvez tenhamos demorado um pouco mais para emitir a licença”, afirmou. Mas, segundo o presidente, isso não tirou rigor da análise técnica do licenciamento.
O presidente do instituto lembrou que qualquer empreendimentos pode trazer impacto ambiental, mas o papel do Ibama é estabelecer condições para que esses impactos sejam os menores possíveis.