Almir Surui diz que levará o grito de socorro dos povos indígenas à Europa
Após assassinato do líder Emyra Wajãpi por garimpeiros que invadiram suas terras, o clima fica tenso na região;A PF e a Polícia Militar estão no local desde sábado à noite
“Em agosto estaremos com o presidente da França, Emmanuel Macron, e vamos levar o grito dos povos da floresta para unir forças em defesa deles e do meio ambiente”, declarou o líder indígena Almir Surui, ao falar sobre a morte do indígena Emyra Wajãpi, 68 anos, neste sábado,27,nas terras indígenas Wajãpi,no Amapá.
A aldeia, localizada em Pedra Branca do Amapari, foi invadida por garimpeiros, que cometerem o assassinato. Ele foi morto à facada enquanto voltava da casa da filha. O corpo foi encontrado dentro de um rio.Os invasores continuam na área.
Segundo informou a Funai, o clima é tenso na região, pois tem uma média de 10 a 15 invasores próximo a aldeia Yvytotõ portando armamento pesado. Após o ataque, crianças e idosos tievram que fugir. O Ministério Público Federal (MPF) está acompanhando a situação. A PF e a Polícia Militar estão no local desde sábado à noite.
“Mataram liderança EmyraWajãpi[…] nós estamos pedindo socorro. […] Os garimpeiros tão atirando à tarde, 6h da tarde. atiram com a espingarda, estão com armas pesadas como metralhadora”, afirmou um dos líderes do povo Wajãp ao pedir socorro por meio de um áudio divulgado na mídia.
Retrocesso
Almir Surui é conhecido no mundo pelo seu trabalho em defesa da Amazônia, dos povos e territórios indígenas.Para Almir o Brasil vive um momento de retrocesso. Ele disse temer pela crueldade com os povos indígenas e a destruição da Amazônia.
Fonte: Blog da Luciana Oliveira
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