A sociedade quer respostas

Pelo andar da carruagem, tudo indica que tem gente querendo empurrar o caso com a barriga, até cair na vala comum do esquecimento, achando que todo mundo é idiota

Valdemir Caldas
Publicada em 14 de abril de 2021 às 09:14
A sociedade quer respostas

Ainda está na memória de muitos rondonienses a cena, filmada pela competente Policia Federal, em que um deputado aparece recebendo o que seria dinheiro de propina. E o que aconteceu até hoje? Exatamente nada. Seis meses se passaram e o poder ao qual pertence o cidadão ainda não deu uma resposta à sociedade. Pelo andar da carruagem, tudo indica que tem gente querendo empurrar o caso com a barriga, até cair na vala comum do esquecimento, achando que todo mundo é idiota.

Perdendo de vista as constantes e extraordinárias mobilizações da população que, a cada dia, luta pela moralização e modernização dos costumes políticos brasileiros, muitos representantes do povo reiteram práticas que em nada concorrem para tornar mais estável e duradoura a democracia. Envolvendo-se em falcatruas e marmeladas as mais diversificadas, ou dando seu aval (quando não a cumplicidade mesmo) a ações contrárias aos bons costumes e aos interesses coletivos, políticos das mais diferentes colorações partidárias acabam perdendo a oportunidade de fazer dos poderes que representam pilares mais importantes do regime democrático.

Apesar disso, ainda tem gente que defende o retorno dos saqueadores do erário ao poder central. Preferem entregar o país de pés e mãos atados a uma quadrilha de salteadores, em troca de gasolina mais barata. Apostam na degradação do poder politico e administrativo, quando deveriam condenar esse tipo de conduta de maneira vigorosa. A postura do parlamentar apenas revela o enorme distanciamento entre o discurso moralizador e a realidade. Uma decepção, principalmente para aqueles que depositaram nele suas esperanças de melhores dias. Aos eleitores, porém, cabem ficar atentos ao que é dito pelos candidatos durante as campanhas eleitorais, pois muitos prometem o céu e a terra. Depois, viram-lhes as costas, passando a cuidar de seus mesquinhos privilégios. Lembrando que, no próximo ano, haverá eleições.

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