Ações sobre crise hídrica no Rio Madeira e logística regional são debatidas durante reunião
Ações emergenciais e soluções estruturantes sobre crise hídrica no Rio Madeira foram discutidas em visita do Comando do 9º Distrito Naval da Marinha ao Porto
A reunião abordou a dragagem do Rio Madeira, às operações do Porto e à logística regional, com atenção especial à crise hídrica
Ações emergenciais e soluções estruturantes acerca da crise hídrica no Rio Madeira e seus impactos logísticos foram discutidas durante visita do Comando do 9º Distrito Naval da Marinha ao Porto de Porto Velho. O encontro, que abordou temas relacionados à dragagem do Rio Madeira, às operações do Porto e logística regional, com atenção especial à crise hídrica, aconteceu no dia 19 de novembro, na Capital.
O 9º Distrito Naval lidera operações em uma extensa malha hidroviária de 22 mil quilômetros, que interliga grande parte da Amazônia e movimenta cerca de 35 mil embarcações. A visita ao Porto de Porto Velho mostra o trabalho estratégico da Marinha na condução de políticas e ações em parceria com os atores locais.
Na reunião com a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), o diretor presidente, Fernando Parente, informou que o nível do rio apresentou elevação nas últimas semanas, permitindo a retomada da movimentação de cargas, anteriormente paralisadas. A exemplo das 240 barcaças de dois grandes grupos empresariais que estavam represadas.
O comandante do 9º Distrito Naval da Marinha, vice-almirante João Alberto de Araújo Lampert, destacou que, a navegação noturna será liberada assim que o nível do rio atingir quatro metros, o que deve aliviar os gargalos logísticos e econômicos. Ambos destacaram os impactos da crise hídrica na economia estadual e reforçaram a necessidade de concessão da Hidrovia do Madeira para viabilizar soluções de longo prazo.
O vice-almirante informou, também que, a Marinha deverá criar um Fórum Permanente envolvendo a Marinha, Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Federação Nacional das Empresas de Navegação (Fenavega). O objetivo é promover discussões estruturadas durante o período de cheia, preparando estratégias para enfrentar as estiagens futuras. A proposta encontra eco no recém-criado Grupo de Trabalho Navega Rondônia, liderado pela Soph, que já aborda questões como a crise hídrica e a pirataria no Rio Madeira.
BASE FLUTUANTE
O diretor presidente da Soph, enfatizou a necessidade de maior adesão das empresas de navegação às diretrizes do Grupo de Trabalho e de articulação com órgãos de segurança, destacando ainda, o projeto de aquisição de uma base flutuante para reforçar a segurança das embarcações na região, iniciativa apoiada por comandante do 9º Distrito Naval da Marinha.
Além da diretoria da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia e do Comando do 9º Distrito Naval da Marinha, participou da reunião, o comandante da Capitania Fluvial de Porto Velho, capitão de Fragata Matheus de Athaíde Firmino.
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