Agevisa orienta sobre os riscos da Doença do Pombo; saiba como evitar e se prevenir

Em 2018 foram realizadas 273 visitas domiciliares no estado, através do trabalho de prevenção realizado pela Agevisa em parceria com as Unidades de Vigilância de Zoonoses municipais (UVZ)

Anayr Celina Fotos: Daiane Mendonça
Publicada em 10 de setembro de 2019 às 08:39
Agevisa orienta sobre os riscos da Doença do Pombo; saiba como evitar e se prevenir

O contato ou a inalação de poeira em ambientes que possuem as fezes dos pombos provoca uma série de doenças graves

Como o nome já diz, a Doença do Pombo é causada pelo contato ou inalação de fezes dos pombos: animais silvestres considerados pragas urbanas. Há séculos eles vivem junto com os seres humanos, buscando abrigo, alimentos e proteção e, embora pareçam inofensivos, devem ser evitados, já que oferecem riscos de doenças que podem levar a morte.

Como são protegidos por lei (Lei nº 9.605/98) é considerado crime ambiental ferir ou matar estes tipos de animais. Segundo a coordenadora estadual de Vigilância e Controle da Leptospirose e Pragas Urbanas da Agevisa, Luzimar Amorim, é possível conviver no meio deles, mas a recomendação é nunca alimentar os pombos, ou domestica-los, pois se tornam dependentes e causam grandes transtornos.

A coordenadora explica que o controle dessas e outras pragas é realizado pelas Unidades de Vigilâncias de Zoonoses dos municípios (UVZ), os antigos centros de controle de zoonoses. Rondônia conta com seis unidades que trabalham com visitas e orientações a população. Só em 2018 foram realizadas 273 visitas domiciliares, e Ji-Paraná está entre os municípios com maior número de visitas.

 

“Anualmente a Agevisa capacita os municípios para lidar com o controle de pragas urbanas, de forma que estejam preparados para identificar os pontos críticos, se houve aumento de pragas no local e quais os fatores de risco à população. Também são realizadas vistorias com foco na prevenção”, destacou a coordenadora.

 

DOENÇAS CAUSADORAS

O contato ou a inalação de poeira em ambientes que possuem as fezes dos pombos, provoca uma série de doenças graves como a Criptococose ou Doença de Pombo, a Histoplasmose, Ornitose, Salmonelose, Dermatites e alergias, entre outras. Todas essas doenças apresentam sintomas como dor de cabeça, febre, náuseas, suor noturno, algumas apresentam vermelhidão na pele, semelhantes a picadas de insetos, além de vômitos, diarreia, e rinites.

Mas como se proteger das doenças, sem causar danos ao animal? Simples, adotando algumas medidas e ações de prevenção.

A recomendação é nunca alimentar os pombos ou domestica-los

DICAS DE SEGURANÇA 

Antes de iniciar qualquer limpeza em ambientes com fezes ou sujeiras é preciso estar com equipamentos individuais de proteção (Epi’s), como luvas, mascaras e botas. Deve-se observar a higienização dos ambientes, mantendo sempre o local limpo, retirando o lixo, ter cuidados com o armazenamentos de alimentos, evitando deixá-los expostos, vedar buracos ou vãos para evitar a criação de abrigos ou ninhos, aplicar telas de proteção em janelas ou ar-condicionado se necessário,  entre outras medidas.

SOBRE OS POMBO

Com o tempo a população de pombos diminui naturalmente. No ambiente silvestre eles podem chegar a viver até 15 anos, mas no meio urbano vivem em média de três a quatro anos. São animais inteligentes que se diferenciam das outras aves por apresentarem capacidade de retornarem ao local em que estavam. Se alimentam de grãos e sementes, mas no meio urbano se adaptaram aos alimentos consumidos por humanos.