Nesta quarta-feira, 30 de agosto, é lembrado o Dia de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM). A data integra o Agosto Laranja, campanha que incentiva a promoção de escuta, acolhimento e qualidade de vida sobre a doença que já afeta 40 mil pessoas no país, segundo a ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla).
A EM é uma doença autoimune que, a partir de inflamações, causa múltiplas lesões dentro do cérebro e da medula do sistema nervoso central (cérebro, cerebelo e medula espinhal). Luciane Rodrigues, neurologista da Hospital Metropolitano Vale do Aço, explica mais sobre este processo.
“Essas cicatrizes acontecem através de um processo autoimune, em que o próprio sistema de defesa do indivíduo deixa de atacar vírus ou bactérias, e atinge o próprio corpo. Nesse caso, a mielina: capa de gordura que recobre o nervo, fazendo com que os impulsos nervosos se tornem mais lentos”, explica a profissional.
Sintomas da doença
A partir daí, surgem os sintomas que variam de acordo com o local afetado. Dentre os eles, os principais são:
• Dificuldade para andar;
• Fadiga;
• Formigamento de um lado do corpo;
• Incontinência urinária;
• Perda de força, equilíbrio e coordenação;
• Perda de visão e visão duplicada;
• Rigidez muscular e espasmos.
“Diferente das doenças hereditárias, a esclerose múltipla não apresenta uma causa objetiva, fazendo com que ela se manifeste de forma variada. Isso porque, além de autoimune, suas causas variam desde a herança genética, até fatores ambientais, como infecções virais e outros ainda não bem estabelecidos”, alerta Luciana.
Tratamento da esclerose múltipla
Não há cura para esclerose múltipla, porém, existem tratamentos que ajudam a amenizar os sintomas e desaceleram a progressão da doença. Eles são dividos em três etapas, sendo elas:
• Fase Aguda: medicamentos a base de cortisona ajudam a bloquear a progressão da crise e estimular a recuperação, amenizando sintomas como perda de visão, força e coordenação;
• Fase de Prevenção de Crise: neste caso, os medicmaneto ajudam na redução da inflamação e prevenção de crises. Além disso, a prática de exercícios físicos leves podem aumentar a mobilidade, dando mais autonomia e qualidade de vida ao paciente.
• Fase de Restauração ou Reabilitação: indicados para quem tem resposta parcial ao tratamento, existem medidas de restauração ou manutenção de qualidade de vida, como fisioterapia, boa alimentação e medicamentos para fadiga ou dor.
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