Após lançamento do projeto Governo no Campo, produtores devem conquistar mercados consumidores de outros estados
O Setor Chacareiro de Porto Velho ganha fôlego com a futura construção da Central de Abastecimento e oferece diversos produtos hortícolas para a capital e interior
Aparecida Pereira vende cará, já colhe tomate cereja e agora plantará berinjela na Linha 2 do Setor Chacareiro de Porto Velho
A variedade da produção agrícola rondoniense vai conquistar os mercados de diversos estados. A exemplo da rosa do deserto, produzida em várias chácaras, que já abastece Rondônia, Acre, Mato Grosso e chega à meca das flores, em Holambra (SP). Agora, com o lançamento do projeto Governo no Campo, os horticultores ficaram mais animados em fornecer a produção não apenas para Porto Velho, mas a outros municípios.
Eles se sentiram mais seguros quando souberam da futura construção da Central de Abastecimento (Ceasa), que deve consolidar as vendas diárias. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) estuda a possibilidade de uma parte da produção ser também enviada a Manaus, o maior mercado consumidor da Amazônia Ocidental Brasileira.
Este é o cenário de expectativas no Setor Chacareiro da Capital, onde a Seagri, a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural de Rondônia (Emater), o Departamento de Estradas de Rodagem e Transporte (DER), a Superintendência de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi) e a Secretaria Municipal de Agricultura (Semagric) uniram-se pelo trabalho conjunto em benefício da agricultura familiar.
PRODUTORES
Chacareiros filiados a diversas associações compareceram à tenda instalada para o lançamento do “Governo no Campo” e viram máquinas e tratores que serão utilizados no encascalhamento de estradas vicinais e ouviram autoridades mencionando os recursos financeiros do projeto que também atende a outros 15 municípios. São pais e mães de família produtores de abobrinha, alface lisa e crespa, caxi, cebolinha, inhame, mandioca, maxixe, quiabo e salsinha.
“Barato e bom para uma sopa bem nutrida”, enfatiza Aparecida Pereira de Melo Santo, mãe de quatro filhos e muito esperançosa em dias melhores. “Essa organização das associações é boa pra nós, vamos garantir mais pra quem quiser”, ela disse.
Na Chácara Menino Jesus, Aparecida já programa o plantio de berinjela, além de expandir os canteiros de tomate-cereja.
Em outro ponto, há anos ameaçadas de extinção no mundo, as abelhas alegram a chácara de Luiz Dionin de Souza, pai de cinco filhos, que trabalha com a esposa Célida no trato e administração de oito colmeias. De dois em dois meses ele tira 15 quilos de mel.
“O clima faz a gente parar a produção de mel em dezembro, mas em junho recomeçamos”, ele informou.
Produtor de mel, Luiz de Souza
Segundo Luiz, a polinização nessa região de Porto Velho é feita em pés de assa-peixe, caju, café, maracujá, manga, moringa, entre outros. “Sai muito bom esse mel: o mais claro é de abelhas que preferem o café, o escurinho, de abelhas que procuram as mangas”, relatou.
O mel tem compradores certos na cidade, funcionando o comércio em mercados, feiras livres e o porta a porta. Enquanto não chega a Ceasa, Luiz fornece a sua produção à Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), com a qual se relaciona desde 2010, vendendo batata doce, inhame roxo, limão rosa e taiti e macaxeira, principalmente.
Ele contou que paga o frete até o centro de Porto Velho, e quando a carga é muito grande, aciona o caminhão da Semagric.
Na mesa farta de produtos montada para servir de vitrine, na quinta-feira, às autoridades visitantes, Alnezinda Nolasco disse que trabalha há um ano com pepino adocicado [ou agridoce] em sua chácara na Estrada dos Periquitos. Ela diversificou sua linha de produtos: garrafa de caldo de cana , doces caseiros, e conserva de abóbora.
Já o produtor Azuil do Nascimento Fernandes organiza para iniciar a plantação de batata doce branca. Hoje, ele planta milho e batata, jerimum, macaxeira, jerimum jacaré próprio para geleias. Para ele, as orientações da Emater são fundamentais para uma boa colheita.
Rosa do deserto produzida em Porto Velho é vendida a outros estados
O sucesso mais badalado no Setor Chacareiro, que projeta Rondônia no cenário, são as flores que têm grande aceitação no estado e outras regiões brasileiras.
Em junho passado, o Governo do Estado, via Seagri, enviou 690 sacas de calcário para pequenos agricultores do setor. A doação aconteceu na sede da Associação de Produtores Boa Safra, uma das 16 beneficiadas pela emenda parlamentar de autoria do deputado estadual Marcelo Cruz.
“Essa emenda reforça o bom relacionamento do governo do estado com a Assembleia Legislativa e com isso quem ganha é o produtor rural”, disse na ocasião o governador Marcos Rocha. No ato de quinta-feira,29.
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