Após período de queda, número de brasileiros com dívidas volta a crescer no final de 2020

Apesar do indicativo, percentual de inadimplentes apresentou a quarta redução consecutiva

Alice Bachiega/Crédito: Divulgação
Publicada em 26 de janeiro de 2021 às 16:30
Após período de queda, número de brasileiros com dívidas volta a crescer no final de 2020

O número de brasileiros com dívidas voltou a crescer no último mês de 2020 após apresentar redução desde agosto, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O cenário reflete o momento delicado da economia brasileira e mundial, com um percentual de endividados que passou de 60% em novembro para 66,3% em dezembro.

Os dados foram divulgados no início de 2021, por meio da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), e mostrou que o aumento de endividados foi tanto entre as famílias que recebem até dez salários mínimos, com percentual que subiu para 67,7%, quanto entre as famílias com renda acima de dez salários, onde o indicador aumentou para 60%.

Entre as possíveis causas para o aumento do endividamento está a própria crise causada pelo novo coronavírus e o fim do auxílio emergencial. Além disso, o maior gasto pode estar relacionado à retomada do consumo, que aconteceu especialmente por conta do período de Natal e Ano-Novo, com as compras de fim de ano. O uso do cartão de crédito também subiu durante o período: o número saltou de 77,8% para 79,4% entre novembro e dezembro, chegando ao maior patamar de 2020.

Apesar da alta no número de endividados, o brasileiro ainda está conseguindo quitar débitos e contas. Segundo a mesma pesquisa, o número de famílias inadimplentes apresentou a quarta redução consecutiva, indo de 25,7% em novembro para 25,2% em dezembro. A quantidade, porém, segue mais alta do que a observada no fim de 2019, que teve percentual de 24,5%.

O número de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, continuando, portanto, inadimplentes, também diminuiu no final de ano, passando de 11,5% para 11,2% em dezembro. No mesmo período de  2019, entretanto, o indicador havia alcançado 10%.

Como regularizar a situação

Estar endividado pode trazer muitos problemas, especialmente caso seja necessário realizar operações bancárias complexas, como empréstimos e financiamentos, além de outras atividades cotidianas, como compras parceladas. Resolver a situação de dívida ou inadimplência deve ser considerado prioridade, e para isso é preciso se organizar.

O primeiro passo é consultar o CPF, o que pode ser feito por meio de canais oficiais e específicos. Dessa forma, é possível checar se há algum registro de inadimplência ou ação judicial, tornando mais fácil de entender quais são os problemas e como resolver a situação. A partir daí, é importante gerenciar a entrada de dinheiro e calcular o tempo necessário para cobrir as dívidas. A prioridade deve ser acabar com os débitos que possuem juros maiores, como o cheque especial, e renegociar dívidas, caso seja necessário.

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