MP investiga adulterações sobre leitos para Covid-19
O promotor diz que a camuflagem visou não contrariar interesses econômicos de empresários e comerciantes com o fechamento de estabelecimentos comerciais
O Ministério Público de Rondônia inicia hoje um inquérito para investigar possível fraude na Secretaria Estadual de Saúde envolvendo adulteração de relatórios diários sobre a ocupação de leitos clínicos e de UTI por pacientes com Covid-19, informa o portal UOL.
Segundo a reportagem, estas adulterações teriam ocorrido entre dezembro e janeiro para evitar que, por falta de leitos, o Estado fosse obrigado a decretar medidas de isolamento sociais mais rígidas.
Hoje, Rondônia vive um colapso na saúde com o aumento dos casos de Covid-19 e do número de óbitos provocados pela doença, o que obriga o Governo a transferir pacientes para outros estados.
Segundo o promotor Geraldo Henrique Guimarães, do Ministério Público de Rondônia, 30 leitos de ITI e 23 clínicos do Hospital de Campanha da Zona Leste de Porto Velho estão desativados desde 24 de outubro do ano passado devido a falta de médicos, e não tem como ser reativados, já que faltam profissionais.
Mesmo assim, de acordo com o promotor, a Saúde lançou nos relatórios diários leitos inativos que não tem como ser reativados.
O promotor aponta adulteração dos relatórios, com crime de falsidade ideológica e fraude para evitar que Porto Velho regredisse de fase nas medidas de isolamento social. Quanto maior a ocupação e UTI, mas medidas são previstas.
O promotor diz que a camuflagem visou não contrariar interesses econômicos de empresários e comerciantes com o fechamento de estabelecimentos comerciais.
LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NO UOL
AstraZeneca diz que não tem vacinas disponíveis ao mercado privado
Farmacêutica desenvolve o imunizante em parceria com a Oxford
Ministério estima remoção de cerca de 1,5 mil pacientes de Manaus
Objetivo é equilibrar demanda e oferta por leitos, diz ministro
Ministério Público apura possível fraude em leitos disponíveis
De acordo com o MP, uma possível adulteração teria sido praticada nos Relatórios Diários de Ações da Sala de Situação Integrada, composta por órgãos como a Agevisa, Defesa Civil e Secretaria Estadual de Saúde
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook