As vacinas nos salvaram!
Nada de Cloroquina, já que não tínhamos malária, lúpus ou artrite. E nem Ivermectina, pois também não tínhamos vermes. Só o repouso
Em meados desse janeiro de 2022, contraí a Covid-19. Eu e todos aqui de casa: minha filha e minha esposa. Com três vacinas já inoculadas nos nossos organismos, a batalha que tivemos pela frente foi até fácil de vencer. Com duas doses da AstraZeneca e mais um reforço da Pfizer/BioNTech, nossas imunidades “tiraram de letra” driblando o mal e por isso quase não tivemos sintomas mais sérios. Uma dor de garganta, um mal-estar passageiro e pouco mais de 37 graus de febre, além de uma tosse seca e coriza foram os maiores problemas da ameaça, antes mortal, do temível vírus desta pandemia. Fomos ao médico, claro. E seguimos todas as recomendações prescritas como isolamento e quarentena obrigatória. Nada de Cloroquina, já que não tínhamos malária, lúpus ou artrite. E nem Ivermectina, pois também não tínhamos vermes. Só o repouso.
Há um ano, quem contraísse o vírus, tinha contra si quase uma sentença de morte. Não havia vacinas disponíveis no Brasil, não havia tratamento adequado nem remédios para enfrentar a ameaça. Talvez tenhamos contraído a variante Ômicron, que não é menos agressiva do que as outras variantes como erroneamente se afirmam. Os organismos é que estão mais fortalecidos com as vacinas. Muitos negacionistas e bolsonaristas continuam insistindo na absurda tese de que as vacinas não servem para nada e por isso não detêm a doença. Engano: a maioria das pessoas internadas no mundo inteiro são as que se negaram a tomar as ditas vacinas. Por amor ao Bolsonaro, ao bolsonarismo e à estupidez, muitos doentes ainda insistem em fazer o “tratamento precoce” para evitar maiores complicações pelo Coronavírus. Fato: muitos vão a óbito.
O Ministério da Saúde do Brasil, sob as ordens de Queiroga e de Bolsonaro, ainda hoje assina nota dizendo que para enfrentar a Covid-19, a Cloroquina salva vidas e as vacinas, não. O meu caso específico não pode servir de parâmetro para comprovar a cura de doença alguma. Mas os dados no mundo inteiro de pessoas vacinadas já comprovam a eficiência desses imunizantes. A atual variante é muito mais contagiosa do que as outras, mas o número de pessoas internadas e também o total de mortes é infinitamente menor. E por quê? Por causa das vacinas que já estão mostrando os seus efeitos benéficos. Negacionista e antivacinas, o presidente Jair Bolsonaro diz que não se vacinou e nem vacinará a sua filha de onze anos. É um direito dele, mas tomara que eles não sejam infectados pela nova variante viral e nem precisem ser internados às pressas.
Com relação à atual pandemia, Bolsonaro e os bolsonaristas também estão na contramão do restante do país, pois pelo menos 94,5 por cento dos brasileiros, sejam bolsomínions ou não, são favoráveis às vacinas e quase 80 por cento já disseram em recente pesquisa que pretendem vacinar seus filhos menores de onze anos. O que não se entende por enquanto é por que o “Mito” ainda tem cerca de 20 por cento das intenções de votos para as próximas eleições presidenciais. Nessa pandemia, Jair Messias Bolsonaro e parte de seus cegos e reacionários seguidores são sinônimos de morte e de infecções. Insistem em tratamento precoce, mas o povo prefere se vacinar. Insistem em remédios ineficazes para a Covid-19 como Cloroquina, Azitromicina e Ivermectina, mas o povo quer Coronavac, AstraZeneca/Oxford, Pfizer/BioNTech, Moderna, Sputnik e Janssen. Eu não tenho outra certeza: foram as vacinas que salvaram todos aqui em casa.
*Foi Professor em Porto Velho.
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Comentários
Bolsonaro 22 ? Só pode ser uma completo ignorante, ou um genocida miliciano, para apoiar o coveiro do Planalto a seguir enterrando o Brasil e os brasileiros. Não é possível que os bolsomínions não vejam que JMB não tem o mínimo de conhecimento, moral e humanidade para o exercício do mais alto cargo no país.
Bolsonaro 22
Vacina sim.
Parabéns, nobre professor pelo excelente texto. Boa recuperação aí.
Palavra do doutor cientista, infectologista Nazareno.
Parabéns pelo brilhante texto... já são quase dois anos de pandemia no Brasil, muitas vidas perdidas, muitas ainda com sequelas que, quem sabe, serão resolvidas pela ciência. Temos vacina e o que realmente importa, no final das contas - independente de marca/laboratório -, é ela devidamente aplicada em toda população... a fim de se evitar mais mortes, mais hospitalizações, mais dinheiro público com o SUS. O SUS é extremamente relevante à população brasileira e o Covid-19 nos mostrou ser um vírus democrático, que atinge a todas as camadas sociais, hospitalizam-se nas redes particulares e, quando incapazes de absorver tanta gente doente, é o SUS - através das unidades básicas de saúde, dos postos de saúde e dos hospitais públicos -, quem acode.
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