Auditores fiscais apontam: ajuda da Abin a Flávio Bolsonaro é um escândalo
Segundo os auditores, caso a versão se confirme, a conduta da Abin se torna "inaceitável em todos os sentidos"
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) se manifestou nesta sexta-feira (11) diante da grave denúncia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria possivelmente produzido relatórios para orientar o senador Flávio Bolsonaro e sua defesa no caso Fabrício Queiroz. Segundo os auditores, caso a versão se confirme, a conduta da Abin se torna "inaceitável em todos os sentidos".
"Ao estar a serviço de uma causa que não é republicana, a atuação da Abin passou de qualquer limite", diz o presidente do Sindifisco, Kleber Cabral.
Segundo reportagem divulgada pela Época, a Abin teria recomendado à defesa de Flávio que apresentasse eventuais ilegalidades na atuação de auditores da Receita Federal na investigação contra o senador, o que também foi alvo de críticas de Cabral. "A Receita Federal, diante do que vem sendo noticiado pela mídia, tem resistido às pressões políticas, tentativas de ingerência que precisam ter um fim imediato. Se não bastasse a gravidade de se ter uma agência de inteligência mobilizada para defender o filho do presidente da República, acusado de atos ilícitos, como a 'rachadinha' na Alerj, não se pode admitir que um órgão de governo busque interferir num órgão de Estado, protegido pela Constituição Federal, sugerindo afastamentos de servidores públicos".
Cabral cobra ainda, na mesma nota, uma resposta da Receita Federal, do Congresso Nacional e da imprensa contra "esse que pode se configurar no maior escândalo da República".
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