Aumento da Longevidade vs. Aumento de Doenças Degenerativas

Neurocirurgião especialista em doenças neurodegenerativas traz alerta sobre o reflexo do aumento da expectativa de vida da população em termos da necessidade de manutenção de autonomia e funcionalidade

Dr. Claudio Fernandes Corrêa
Publicada em 27 de setembro de 2023 às 16:49
Aumento da Longevidade vs. Aumento de Doenças Degenerativas

Dr. Claudio Fernandes Corrêa

A atualização do censo demográfico pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) este ano, apontou o aumento significativo da expectativa de vida da população brasileira, que também configura um cenário de aumento de doenças degenerativas comuns à terceira idade, que precisa de ação preventiva de curto prazo. 

O aumento da longevidade é um fenômeno global, resultado dos avanços na medicina, de melhores condições de vida e da conscientização sobre hábitos saudáveis. No entanto, essa realidade traz consigo desafios significativos, especialmente em relação à qualidade do envelhecimento e ao seu impacto nas políticas de saúde e sociais.

A terceira idade frequentemente está associada a processos degenerativos que afetam a todos, em maior ou menor grau. Doenças musculoesqueléticas e neurológicas como Alzheimer, ParkinsonDistonia, AVC e artrose, tornam-se mais comuns nessa fase da vida, muitas vezes resultando em dor, limitação de movimentos e, por consequência, na redução da funcionalidade e autonomia do indivíduo.

Como conduzir doenças degenerativas na terceira idade

Segundo o Dr. Claudio Fernandes Corrêa, neurocirurgião, mestre pela UNIFESP, com mais de 30 anos de experiência em tratamento de doenças neurodegenerativas, “em sua grande maioria, as doenças degenerativas são condições que não podem ser evitadas, mas podem ter seu diagnóstico e evoluções melhor manejados a partir de uma medicina preventiva, multiprofissional e integralista, que alie várias especialidades para as diferentes implicações que cada doença pode gerar.”

Dessa maneira, medicamentos cada vez mais avançados administrados por diferentes vias (orais e injetáveis), bem como atividades fisioterápicas e de reabilitação física em geral e suporte de saúde mental compõem um arsenal de práticas que cuidam do indivíduo de forma sistêmica, buscando dar o maior equilíbrio possível em suas necessidades.

Dr. Claudio Corrêa explica que em estágios mais avançados e que não respondem tão positivamente às terapias convencionais, procedimentos médicos menos invasivos têm surgido para atuar com a neuromodulação do sistema nervoso central e periférico, diminuindo os sintomas que comprometem os movimentos (andar, levantar, sentar, pegar objetos), bem como os quadros de dor crônica gerados por eles e por problemas musculoesqueléticos.

“Esses recursos estão em constante evolução e cada vez mais acessíveis à população. É importante que isso seja divulgado para que o envelhecimento não seja mais visto como sinônimo natural de comprometimento da qualidade de vida”, esclarece o médico.

Por fim, é importante destacar a importância de cuidar da saúde desde cedo. Bons hábitos de preservação do corpo físico e da saúde mental funcionam como uma poupança valiosa que rende excelentes resultados no futuro.

Essa foi a pauta do último episódio do podcast de autoria do Dr. Cláudio, o Neuro em DiaAumento da longevidade requer cuidados com doenças degenerativas, em que ele explicou mais a fundo os aspectos do envelhecimento e a sua relação com as doenças degenerativas.

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