Barreira sanitária no porto Cai N’Água orienta passageiros

Todos os passageiros foram abordados numa ação semelhante em Humaitá (AM) e lá foi feita avaliação clínica de cada um

Mineia Capistrano - Fotos: Daiane Mendonça | Secom - Governo de Rondônia
Publicada em 01 de abril de 2020 às 16:53
Barreira sanitária no porto Cai N’Água orienta passageiros

Nenhum passageiro a bordo apresentava sintomas para coronavírus, mas todos foram orientados da importância do isolamento social

Técnicos da Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) atuam em barreira sanitárias nas embarcações que atracam no porto Cai N’Água, em Porto Velho, em ação conjunta com a Defesa Civil do município e Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Cesarino Júnior Lima Aprígio, gerente técnico de vigilância ambiental, explica que há várias ações de enfrentamento ao coronavírus (Covid-19) realizadas em parceria entre os órgãos de vigilância sanitária neste momento em que toda a população precisa receber informações sobre como se prevenir do vírus.

Um exemplo foi para atender à solicitação do Terminal Aquaviário de Porto Velho, enviada para o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs)/Agevisa, de realizar barreira sanitária numa embarcação que chegou de Manaus. O barco de passageiros percorreu o trecho num período de seis dias.

“Nenhum passageiro a bordo apresentava sintomas para coronavírus, mas todos foram orientados sobre o isolamento social, sintomas e cuidados para evitar o vírus”, ressaltou Cesarino.

Parceria entre órgãos de vigilância sanitária

Na barreira sanitária realizada na embarcação foram coletados dados pessoais e relacionados ao destino dos 18 passageiros, que também foram informados da relevância da ação. “Os passageiros colaboram, repassam as informações, sanam dúvidas, porque entendem que é uma maneira de protegê-los, assim como toda a população”, detalha o gerente.

Para a gerente técnica de vigilância sanitária da Agevisa, Vanessa Ezaki, um benefício das barreiras sanitárias é a possibilidade de monitoramento de possíveis casos suspeitos. “É possível rastreabilidade de todos os passageiros caso algum desenvolva sintomas suspeitos para coronavírus”, destaca.

Todos os passageiros foram abordados numa ação semelhante em Humaitá (AM) e lá foi feita avaliação clínica de cada um.

Na abordagem realizada em Porto Velho, os técnicos explicaram os principais sintomas do coronavírus e a importância de se adotar hábitos que ajudam a prevenir o vírus, como higienização das mãos e utensílios de uso rotineiro e o não compartilhamento de objetos pessoais.

TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Wescley Sousa, especialista em regulação de transporte aquaviário da Antaq, explica que há dois tipos de transporte fluvial realizados em Rondônia: o intermunicipal, responsável por transportar cargas e passageiros no Estado, no caso atendendo a população ribeirinha que reside à margem do rio Madeira, e o transporte interestadual, com destino ao Amazonas. Ele afirma que em ambas situações, o transporte fluvial com passageiros está reduzido.

“Essa embarcação que chegou de Manaus foi a última com transporte de passageiros, não temos nenhum barco previsto para essa semana. O que está sendo feito é transporte de cargas, não de pessoas, porque o Amazonas emitiu um decreto proibindo o transporte de passageiros”, detalha.

Em relação ao transporte intermunicipal, o especialista da Antaq ressalta que percebe consciência da própria população, que evita fazer viagens neste período. “Teve embarcações que deixaram de viajar devido à baixa procura”.

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