Bloqueios golpistas: a rede da força bruta e da ignorância
A qualidade de um movimento de subversivismo e conspiração de extrema direita está na relação direta entre os meios e os fins que emprega
Bolsonaristas protestam em Curitiba. (Foto: Rodolfo Buhrer/Reuters)
Milícias desarvoradas costumam cobrar taxas sobre territórios, regimes de apartheid criam muros e guetos, controle de vias e fluxos fazem parte das lutas e conflitos no território, mas existe uma singularidade quando seu objetivo é golpista, por buscar gerar violências contra setores da população para impor o medo e o terror de Estado. Devemos levar em conta que a desobediência civil para protestar por direitos, em defesa da democracia e contra violações, violências e segregação sempre foi um instrumento justo que toca no limite em relação aos contextos jurídicos, a legalidade e a ordem instituída. O uso do poder de polícia não pode ser conivente com os manifestantes nem arbitrário, está claro que este movimento só prospera sob inspiração dos que promovem estímulos para uma quartelada.
O problema do fascismo e das formas totalitárias é que promovem uma inversão do bloqueio com lógica incivil (termo cunhado e bem empregado por Muniz Sodré), contrária ao senso de justiça. Promovem o caos destrutivo, a desordem programada quando conclamam para o retorno da ditadura e da opressão abertas. Alimentam o medo e tentam barrar a força constituinte de ampliação dos direitos.
A qualidade de um movimento de subversivismo e conspiração de extrema direita, de tipo autoritário ou fascista, está na relação direta entre os meios e os fins que emprega. A violência aberta sobredeterminada pela regressão moral esta voltada para a tirania e o abuso, sustentada através do uso de narrativas cínicas que ao final só reforçam privilégios, desvios de função e concentração de poder destruindo o regime e as formas democráticas. Tentam forçar o caos para pressionar contra o resultado das eleições, para sustentar seus fantasmas mórbidos e suas aspirações por pequenos privilégios.
Pedro Cláudio Cunca Bocayuva
Professor do PPDH do NEPP-DH/UFRJ
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