Bolsonaro em encontro com embaixadores (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

A ideia do “brienfing” vai entrar para a história como a mais idiota do governo Bolsonaro.

A intenção era ganhar alguma adesão, nem que fosse internacional, mas o tiro saiu pela culatra.

Ele ficou mais isolado ainda, dentro e fora do país.

 Não ganhou apoio de ninguém, só perdeu. A  embaixada norte-americana deu-lhe um chega pra lá. Reagiu afirmando que o sistema eleitoral brasileiro é “modelo para o mundo”.

Nem o centrão se atreveu a aplaudir. Calou-se, mas não elogiou.  

Ontem, a repórter Carla Araújo informou, no UOL, que os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica rejeitaram convite de seu “comandante-em-chefe” para ir ao “brienfing”. 

Deixaram claro que nem todas as ordens devem ser cumpridas. Tudo tem limite. Recusaram-se a trair a pátria, ainda bem.

Se não foram nem ao “brienfing” irão ajudá-lo a dar um golpe? 

Declarações de oficiais em off na mesma reportagem classificaram o “brienfing” de “vergonha internacional”. “A gente não quer participar desse vexame” declarou militar de alta patente.

Bolsonaro perdeu a reeleição anteontem. E no primeiro turno. Não porque Barroso, Moraes e Fachin vão fraudar as urnas. Mas por causa das suas ideias criminosas, golpistas e entreguistas. 

Ele próprio decretou sua derrota.  

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"