Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

Tudo indica que as duas maiores lideranças do Brasil, as duas maiores forças eleitorais são, atualmente, Lula e Bolsonaro. É lamentável ter de incluir Bolsonaro nesse pódium, mas negar os fatos é pior ainda. Não tenho dúvida que essa polarização vai continuar ainda por muitos anos, com os dois ou seus sucessores na ribalta.

Vai ser Lula ou Bolsonaro, Bolsonaro ou Lula daqui pra frente, sabe-se lá até quando.

Petistas versus bolsonaristas.

Em 2026, em condições normais, Lula será reeleito com facilidade. Porque Bolsonaro não poderá concorrer.

Nenhum indicado por Bolsonaro é páreo para Lula.

Tarcísio só vai medir forças com Lula se for muito parvo, a reeleição em São Paulo é um objetivo muito mais tranquilo.

Zema, Caiado, nenhum bolsonarista ou apoiado por Bolsonaro chega a dois dígitos para presidente.

Até 2030 a chance de um bolsonarista no Palácio do Planalto é próxima de zero.  

O problema é 2030.

A defesa de Bolsonaro fará das tripas coração para adiar ao máximo seu julgamento.

Se até 2030 ele não for julgado, o que não é exagero, levando em conta que o julgamento do chamado Mensalão demorou sete anos, nada o impedirá de disputar a presidência novamente.

E, se vencer, (Lula estará fora do páreo) o processo para; ele não poderá ser condenado enquanto for presidente.

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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