Brasil, uma vitória sem brilho

Já que não apresentou um bom futebol, nossos jogadores bem que poderiam dar declarações políticas para aparecerem mais

Professor Nazareno
Publicada em 25 de novembro de 2022 às 14:26

Terminada a primeira rodada da “Copa da Homofobia” no Catar, observa-se que até agora, dentro de campo, os jogos não apresentaram grandes surpresas. Fora dos gramados, no entanto, têm-se visto muitos escândalos envolvendo algumas das seleções participantes, que protestam contra as autoridades do país sede. O Brasil no primeiro jogo contra a fraca seleção da Sérvia não encantou como deveria. Mesmo ganhando de 2 X 0 num jogo morno e insosso, a badalada seleção canarinho conseguiu apenas um placar “um tanto quanto apertado” se compararmos esse pífio resultado a outros como o “passeio” de 7 X 0 que a Espanha deu na Costa Rica, os 2 X 0 que a Holanda deu no forte Senegal, os 4 X 1 da França sobre a Austrália e os assustadores 6 X 2 que a Inglaterra aplicou no Irã. Essas fortes seleções já largaram na frente e são candidatas diretas ao título do torneio.

A Sérvia está muito longe de ser considerada uma potência do verdadeiro futebol, como alguns dos países citados anteriormente. Geralmente participa de uma Copa do Mundo como “franco-atirador” e se contenta com qualquer resultado que vier. Os outros participantes do grupo do Brasil nesta Copa de 2022 são mais fracos ainda: Camarões e Suíça. Dessa forma, mesmo sem jogar um futebol digno de admiração, o Brasil deve passar da primeira fase sem maiores problemas. Os perrengues, entretanto, podem começar a surgir a partir do mata-mata já nas oitavas de final. De acordo com o sorteio já realizado anteriormente, Portugal, Uruguai ou Coreia do Sul podem estar no nosso caminho depois da primeira fase. Já nas quartas de final, fase em que geralmente o Brasil cai, o páreo deve ser bem mais duro: Espanha, Alemanha, Bélgica ou até mesmo Croácia.

Só tem pedreira pela frente. E isso se o Brasil, com este futebol infantil e medíocre, conseguir continuar vencendo os seus duelos. As poderosas esquipes da Alemanha e da Argentina, nossos arqui-inimigos no futebol, por exemplo, já decepcionaram nas suas respectivas estreias. Enquanto os germânicos perderam de 2 X 1 para o Japão, os “hermanos” foram batidos pela fraca Arábia Saudita pelo mesmo placar. Por isso, seria bom que os brasileiros colocassem suas “barbas de molho”. O técnico Adenor Bachi, que praticamente só convocou jogadores “velhos” para representar o Brasil, deve sentir calafrios de pensar que poderá enfrentar mais na frente equipes repletas de jogadores jovens como a Espanha e a Inglaterra. O badalado Neymar nada fez na partida e ainda saiu machucado. Nada de gol. isso apesar de quase um milhão de reais que ganha por dia.

Tenho certeza de que raríssimos brasileiros hoje conseguem escalar de cor a seleção de seu país como acontecia com a saudosa seleção e 1970 no tricampeonato e a de 1982, que não ganhou aquela copa. Poucos desanimados torcedores sabem o nome de uns dois ou três jogadores e só. E pior: como se vai torcer por um time todo vestido de roupas verde-amarelas, as cores do Bolsonaro, do bolsonarismo e da extrema-direita reacionária? Foi apenas uma rodada, mas até agora essa Copa do Catar não apresentou absolutamente nada que justificasse que esse país muçulmano do mundo árabe fosse a sede. O time da Alemanha fez o mais espetacular protesto: a foto oficial da equipe alemã estava com os 11 jogadores com as mãos à boca para denunciar a censura imoral que a FIFA impôs aos participantes. Já que não apresentou um bom futebol, nossos jogadores bem que poderiam dar declarações políticas para aparecerem mais. O mundo agradeceria.

 

*Foi Professor em Porto Velho.

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