Cadeia produtiva de floresta plantada é tema de encontro

O objetivo principal debater o potencial do Estado no plantio de árvores como opção de negócios

Giliane Perin Fotos: Giliane Perin e Frank Nery
Publicada em 11 de novembro de 2019 às 12:53
Cadeia produtiva de floresta plantada é tema de encontro

Floresta Plantada é uma oportunidade de negócios para todos os produtores rurais, independente do tamanho de sua propriedade

Durante um dia inteiro, produtores rurais, técnicos, estudantes e empresários estiveram reunidos no 1º Encontro da Cadeia Produtiva das Florestas Plantadas de Rondônia (Agrofloro). O evento, realizado no Cacoal Selva Park, na última sexta-feira (8), teve como objetivo principal debater o potencial do Estado no plantio de árvores como opção de negócios.

Presente ao evento, Clovis Matana carrega o título de primeiro plantio do projeto de Reflorestamento de Rondônia. O agricultor plantou florestas de Pinho Cuiabano, também conhecido como Paricá. “A sustentabilidade é uma das coisas que mais traz orgulho ao homem, em qualquer área de atividade. Na área florestal não seria diferente. Nós temos a floresta nativa, que pode fornecer a sustentabilidade e temos uma parte da floresta que pode ser recomposta pelo plantio, pela organização, dentro do campo, formando um plano racional de exploração”, destaca.

Para o produtor rural, de Ji-Paraná, a sustentabilidade, através da Floresta Plantada, é um grande plano de negócios. “O plantio de florestas gera sustentabilidade sobre dois aspectos, um pelo meio ambiente e outro pelo aspecto industrial. Se você tiver um programa de plantio, dentro de um planejamento, você abastece o setor industrial de uma forma racional e organizada. Você tem a chance de garantir um melhor desempenho para a indústria, pelo fornecimento regular de um produto certificado e que cada vez mais tem a atenção do setor, pela segurança e qualidade.

O consumo de lenha tem aumentado em Rondônia, pela expansão das atividades rurais. De acordo com o vice-governador, José Jodan, Rondônia agora quer dar os primeiros passos oferecendo para indústria um material sustentável, produzido dentro do próprio Estado.

Agrofloro reuniu produtores rurais, técnicos, estudantes e empresários

“A indústria precisa de lenha! Em Rondônia, por exemplo, é preciso de lenha para secar o nosso café, que ganha cada vez mais destaque. Está vindo para o Estado, mas 100 secadores para serem distribuídos entre as associações. O café está em expansão, Rondônia está em expansão, em todos os setores. Aumentou a produção de soja, aumentou o consumo de lenha, aumenta o café, aumenta o consumo de lenha nos secadores. Ou seja, a demanda por lenha está em crescimento e o governo quer incentivar o consumo consciente. Quer que o produtor tenha todo um planejamento de gastos, que tenha gestão em seus negócios. Que saiba calcular os gastos, para visar o lucro, com foco na sustentabilidade”, ressalta o vice-governador de Rondônia.

Por sua vez, o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani, reforçou o compromisso do Governo de Rondônia em apoiar e incentivar o plantio de árvores. “Nós vamos dar aos nossos produtores, inclusive os pequenos produtores, todo o apoio para inserir nas pequenas propriedades esta atividade econômica, que é a Floresta Plantada. Hoje o agronegócio vem crescendo em escalas muito produtivas em Rondônia. Temos a cadeia produtiva do café, da soja, do milho, do arroz e de tantas outras atividades afins e nós agora necessitamos do material lenhoso para fornecer essa matéria prima para os secadores de grãos, para as olarias, enfim, toda a cadeia produtiva de agregação de valor, do agronegócio, necessita de material lenhoso para gerar energia”, explica.

Segundo o secretário, a Floresta Plantada é uma oportunidade de negócios para todos os produtores rurais, independente do tamanho de sua propriedade. “Essa é uma possibilidade aos nossos pequenos, médios e grandes produtores. Nós temos um potencial muito grande de florestas nativas, mas temos que fomentar o plantio de florestas de forma sustentável. Nós estamos pensando na Rondônia do futuro, daqui 30 ou 40 anos. Queremos que os rondonienses enxerguem isso como uma grande oportunidade de negócios, uma aposentadoria programada. Nós queremos mostrar que dinheiro pode dar em árvore, sim”, brincou o secretário de Agricultura, Evandro Padovani.

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