Carta aberta a Alexandre de Moraes
Visitas políticas deveriam ser proibidas
Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)
Caro xará! Pra começar, peço que nunca aceite ser chamado de Xandão. Xandão é jogador de basquete. O que você não é. Todo Alexandre é Alexandre, o Grande. Dito isso, sem querer ensinar o Padre Nosso ao vigário, mas por ser um pouco mais vivido que você, queria externar minha opinião sobre a prisão domiciliar de Bolsonaro.
Quando foi decretada, achei bom, achei que iria tirar o ex-presidente do cenário político, que ele iria ficar isolado, longe de seus aliados, a fim de que a reta final de seu julgamento transcorresse em paz. Ele estava perturbando a ordem pública. Jogando a população contra decisões do Supremo. Ou seja: continuando o ataque ao Poder Judiciário. Deveria ser silenciado.
Uma semana depois, está acontecendo o oposto. Ele está mais presente na política do que nunca. E no comando da organização criminosa. Quem garante que não foi ele o autor intelectual do motim na Câmara? Ele está há uma semana sem nada para fazer, atendido por uma equipe de funcionários e todo o tempo livre para tramar contra você - e contra o regime democrático. Ele não desistiu. E não vai desistir enquanto houver alguma brecha para voltar.
Você deveria proibir visitas de políticos. Um ex-presidente que quase mergulhou o país numa guerra civil não deveria ter o direito de participar da vida política brasileira nunca mais. E ele está não só participando, mas influenciando e comandando.
No dia 22 de agosto ele vai se encontrar durante oito horas com o senador Rogério Marinho; três dias depois, com o deputado Altineu Côrtes. Você autorizou. Mais oito horas para conspirar. Ambos são defensores da anistia. E dos ataques a você. Não são visitas de solidariedade, são reuniões políticas.
Proibir imagens e gravações não basta. Se em prisão domiciliar não é possível afastá-lo das conspirações, só a preventiva resolve, na sala de Estado de um quartel do Exército.
Parabéns pela vitória do seu time sobre o meu. E sobretudo pelos gols que você tem marcado para o time da democracia.
Alex Solnik
Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)
2749 artigos
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Comentários
Ilustre desconhecido pseudo jornalista esquerdista, seu lugar é em Cuba ou Venezuela pais democrativ9 livre de manifestação, se mude para esses países, vc vai dar maior valor ao brasi com esse palhaço que não passa de um mentiroso ou palhaço de circo chamado BRASIL
Concordo plenamente. Parabens pelo artigo.
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