Casa de Acolhida Esperança já atendeu mais de 100 imigrantes em Porto Velho
Atualmente, 40 pessoas estão recebendo atendimentos no local
Mais de 100 imigrantes já foram acolhidos no local
Inaugurada no dia 19 de abril de 2022, com objetivo de proporcionar ajuda aos imigrantes, a Casa de Acolhida Esperança já atendeu mais de 100 pessoas e atualmente trabalha em sua capacidade máxima, que são 40 vagas.
O serviço tornou-se uma realidade por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Porto Velho, via secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), e a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), tendo em vista o grande número de imigrantes que chegam na capital de Rondônia em busca de ajuda.
A equipe de trabalho é formada pelo coordenador Rivailton Matos, junto com uma assistente social, uma psicóloga, seis educadores sociais, dois seguranças e os cozinheiros, além de voluntários das mais diversas áreas.
Matos informa que, ao todo, 118 pessoas já foram acolhidas e encaminhadas para outros estados, em busca de empregos ou para reencontrar amigos e familiares que já estão trabalhando. Atualmente, outras 40 pessoas estão recebendo atendimento.
Rivailton Matos, coordenador do espaço
“Eles chegam em Porto Velho e buscam uma estabilidade momentânea para seguirem para outros lugares, geralmente à região sul do Brasil”, acrescentou Matos.
O secretário Claudi Rocha (Semasf) explica que antes o município disponibilizava 50 vagas, e com essa parceria, ampliou para 90.
“É um acolhimento temporário de imigrantes. Para quem permanece em Porto Velho, temos um corpo técnico que ajuda nesse acolhimento e também busca oportunidades para que sejam inseridos no mercado de trabalho”, completou o secretário.
Entre as nacionalidades atendidas estão haitianos, argentinos, bolivianos, colombianos, venezuelanos, peruanos e equatorianos.
ATENDIMENTO
Quando o estrangeiro chega a Porto Velho em busca de ajuda, ele é encaminhado inicialmente ao CREAS - Centro de Referência Especializado em Assistência Social, onde passa por uma triagem e depois segue para a Casa de Acolhida Esperança, à rua Joaquim Nabuco, entre a Av. 7 de Setembro e a rua Paulo Leal.
Elisângela Dermoni, psicóloga, faz o primeiro acolhimento
A psicóloga Elisângela Dermoni é quem faz o primeiro acolhimento para levantar as reais necessidades dos imigrantes. Na sequência, eles são atendidos pela assistente social Elisângela dos Anjos. “Identificadas as necessidades, os encaminhamos aos órgãos competentes para aplicação das políticas públicas”, afirmou a psicóloga.
Elisângela dos Anjos acrescenta que é feito um levantamento socioeconômico da vida desses imigrantes. “Verificamos se têm problemas de saúde, educação ou documentação, entre outros. O que eles mais precisam, no entanto, é a documentação como protocolo de refúgio, CPF e Carteira de Trabalho”, comentou.
QUALIDADE DE VIDA
Além do encaminhamento e acompanhamento para as políticas públicas, a equipe da Casa de Acolhida Esperança realiza o projeto intitulado “Saúde e Qualidade de Vida”, que proporciona atendimentos com massoterapeutas, médicos e psicólogos, entre outros profissionais voluntários.
Por meio da musicoterapia e aulas de música, a equipe tem identificado cantores e compositores. “Estamos buscando parcerias com restaurantes locais, onde eles possam se apresentar como forma de ganharem o sustento”, completou Dermoni, que também agradeceu as parcerias com a Faculdade Fimca e a Polícia Militar no trabalho de inserção social.
Local atende, atualmente, 40 imigrantes
VOLUNTARIADO
O músico Marcelo Quirino é voluntário no programa de musicoterapia aos imigrantes acolhidos. “Através da música a gente procura dar a eles um direcionamento na parte emocional, especialmente aos que pretendem trazer o restante da família e sentem muita falta dos parentes. É muito bom ver as mudanças proporcionadas pela musicoterapia”, afirmou.
DEPOIMENTOS
Venezuelana de 23 anos e mãe de um menino de 3 anos, Yusbi Uscatgegui aprova o trabalho realizado na Casa de Acolhida. “Aqui eles nos atendem muito bem, a convivência com as pessoas também é boa. Nos proporcionam muito amor e atenção, acesso à internet e ajuda, muita ajuda mesmo”, disse.
“Temos assistência psicológica, cursos, assistência social e ajuda com toda documentação que precisamos. Me sinto muito bem aqui, estão atendendo as minhas necessidades”, afirmou o também venezuelano de 23 anos, Daniel de Jesus Fernandez.
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