Casos de síndrome respiratória aguda grave caem

Apesar da queda, continuam na zona de risco, diz Fiocruz

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil/Foto: REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados
Publicada em 19 de dezembro de 2020 às 11:41
Casos de síndrome respiratória aguda grave caem

Os casos e óbitos notificados de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) tiveram queda na semana epidemiológica 50, de 6 a 12 de dezembro, mas continuam acima do patamar registrado em outubro. O Boletim Infogripe, divulgado hoje (18) pela a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pondera que a ocorrência de ambos continua muito alta e classificada como na "zona de risco".

O estudo informa que, em sete capitais, os números apontam tendência moderada (mais de 75% de chances) ou forte (mais de 95% de chances) de crescimento no número de casos. São elas: Goiânia, Maceió, Salvador, Campo Grande, Boa Vista, Manaus e Brasília.

Após um período de crescimento de casos, Aracaju, Belo Horizonte, Cuiabá, João Pessoa, Palmas, Porto Velho, São Luís e São Paulo apresentam tendência de estabilidade nas ocorrências da doença, enquanto Rio de Janeiro e Curitiba apresentam sinais moderados de queda (75% de chances).

O boletim alerta que Porto Alegre e Recife têm "sinais de subnotificação ou aumento significativo no atraso de digitação de casos no Sivep-Gripe há algumas semanas". Os pesquisadores responsáveis pela análise consideram que os indicadores das duas capitais não são confiáveis para tomada de decisão neste momento.

Nas demais capitais, a tendência verificada nesta semana epidemiológica manteve tendência de queda ou estabilidade que já vinha ocorrendo nas semanas anteriores. É o caso de Fortaleza, Vitória, Florianópolis, Rio Branco, Macapá e Teresina.

Ainda que o boletim aponte tendência de estabilidade ou queda em um grupo considerável de capitais, 21 estados apresentam ao menos uma macrorregião de saúde com tendência de alta em seu território. 

Média móvel

A média diária de novas mortes pelo novo coronavírus (covid-19) no Brasil em sete dias cresceu de 544,29 em 3 de dezembro para 723,14 em 17 de dezembro, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O aumento no período de 14 dias representa uma alta de cerca de 33%.

A média móvel de mortes registrada ontem (17) atingiu o maior valor desde 21 de setembro, quando o indicador contabilizava 752,29 vítimas por dia em um período de sete dias.

Já a média móvel de novos casos diários de covid-19 teve ontem o maior patamar desde o início da pandemia, com 46.947,86 novos casos confirmados. Em 3 de dezembro, a média estava em 40.409,14 novos casos por dia, em média, em um período de sete dias.

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