CNJ estuda assistência paritária para pais e mães de crianças recém-nascidas
A criança tem direito à assistência familiar e à convivência familiar, estabelecidas em várias legislações
Coordenador do Pacto Nacional pela Primeira Infância, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estuda aprovar uma norma que permita, no Judiciário, que as crianças recém-nascidas tenham a possibilidade de receber cuidados igualitários de pais e mães, nos primeiros dias de vida. A nova norma garantiria a magistrados e servidores a opção pelo trabalho remoto nos 180 dias subsequentes ao fim da licença-paternidade.
Um dos pontos citados no estudo é o de que a Constituição Federal, no artigo 226, estabelece obrigações igualitárias entre os cônjuges em relação aos cuidados com a criança, mas a regra ainda não está efetivamente concretizada. “A criança tem direito à assistência familiar e à convivência familiar, estabelecidas em várias legislações. Quando não resta viabilizado esse convívio, retira-se da criança um direito a ela garantido. Além do que é importante lembrar que se trata de uma obrigação que é dos dois – pai e mãe”, afirmou a conselheira Ivana Farina, coordenadora do estudo.
Além de ser limitada a 180 dias, a medida só seria efetivada após pedido voluntário do pai. A partir dessa solicitação, o tribunal analisaria a possibilidade do trabalho ser feito de casa, de forma remota, sem implicar em afastamento do magistrado e do servidor e sem comprometimento da qualidade do trabalho.
Os estudos não preveem a necessidade de alteração nas regras da licença-paternidade, mas apenas de estabelecer a opção, para pais de recém-nascidos, do trabalho remoto. “Com uma Justiça basicamente digital, acredito que a medida seria viável”, disse a conselheira, para quem a proposta fortaleceria ainda a política judicial de equidade de gênero e traria benefícios a toda a família.
Para ela, esse é mais um passo na direção da proteção à primeira infância e da promoção da igualdade de gênero, objetivos aos quais se alinha o CNJ.
Ministro Alexandre de Moraes autoriza medidas cautelares em operação que envolve Ministério do Meio Ambiente
Entre as medidas, o relator determina a quebra de sigilo do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o afastamento do cargo do presidente do Ibama, Eduardo Bim, em razão de operação que investiga suposta exportação ilegal de madeira
Vídeo de humor do Porta dos Fundos não ofendeu imagem do Botafogo, decide Terceira Turma
"A crítica humorística realizada sem excessos, com o intuito de trazer a lume fatos a respeito da generalidade dos times de futebol, normalmente não provoca ofensa à imagem ou à reputação"
Após perda do poder familiar, casal terá de indenizar adotada por atos que inviabilizaram a manutenção da adoção
"O filho decorrente da adoção não é uma espécie de produto que se escolhe na prateleira e que pode ser devolvido se se constatar a existência de vícios ocultos"
Comentários
Seja o primeiro a comentar
Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook