Coluna Simpi – Acordo mundial para contenção da inflação: Como fica o Brasil nesta?

Isso pode prejudicar ainda mais o crescimento do mundo, até porque a China, que está tendo retomada do caso de Covid-19, voltará a ter algum tipo de controle sobre exportação

Leonardo Simpi
Publicada em 16 de novembro de 2022 às 08:58
Coluna Simpi – Acordo mundial para contenção da inflação: Como fica o Brasil nesta?

Acordo mundial para contenção da inflação: Como fica o Brasil nesta?  

Após a crise na Inglaterra com a mudança do primeiro-ministro, começa a ganhar contorno um acordo mundial para tentar conter a inflação. Os bancos centrais, tanto da Europa quanto Estados Unidos, começaram a subir a taxa de juros, mostrando potencial redução da inflação e queda no preço das commodities.  No início do movimento, o dólar até ganhou força perante o euro. Mas agora, começou a se equilibrar e o euro começou a ganhar força outra vez. Parte disso tem a ver com a própria eleição na Inglaterra, que trouxe um pouco mais de estabilidade. Rishi Sunak é uma pessoa mais voltada ao setor econômico e vai fazer o país continuar se estabelecendo.  O potencial conflito entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte deve se expandir um pouco mais atingindo também o Japão, trazendo um grau de incerteza muito grande para a Ásia. Isso pode prejudicar ainda mais o crescimento do mundo, até porque a China, que está tendo retomada do caso de Covid-19, voltará a ter algum tipo de controle sobre exportação.  

As exportações brasileiras tendem a melhorar em 2023, mas ainda com prejuízos pela recessão mundial e pela situação da China, que vai fazer com que as exportações brasileiras não tenham tanta relevância quanto tiveram em 2022. A única vantagem é que com a retomada do setor imobiliário, e manutenção do Auxílio Brasil, a tendência é que o consumo em 2023 seja um dos pilares do crescimento da economia brasileira. 

Assista: https://youtu.be/GA_PFQMa0Ow 

Setor de serviços apresenta crescimento de 9,7%, informa IBGE 

O setor de serviços cresceu 0,9% em setembro e atingiu o quinto resultado positivo seguido. O ganho acumulado no período ficou em 4,9%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados dia 11/11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor está 11,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e alcança o novo ponto mais alto da série histórica, superando novembro de 2014, o volume de serviços subiu 9,7%, sendo a 19ª nona taxa positiva consecutiva. Os segmentos da economia estudados nas pesquisas foram: Serviços de transportes e serviços auxiliares aos transportes e correio, que são os  transporte de passageiros, taxis  e demais do setor   (15,3%) ; Serviços de informação e comunicação (6%); Serviços dos profissionais, administrativos e complementares, que sãos os de locação de automóveis, serviços de engenharia, soluções de pagamentos eletrônicos, consultoria em gestão empresarial, atividades de cobranças e informações cadastrais e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções(6,9%); dos prestados às famílias que são  os restaurantes, hotéis, serviços de bufê e atividades de condicionamento físico (17,8%). Nessa comparação, houve expansão em todas as cinco atividades e crescimento em 63,3% dos 166 tipos de serviços investigados.  

Queijo de búfala da Ilha de Marajó, um bom exemplo para Rondônia e para o país 

O segredo da ilha agora vai ser descoberto pelo Brasil. Este segredo é o queijo do Marajó, produzido com leite de búfala apreciado por turistas e moradores, mas, até 2020, ainda não podia ser comercializado fora do estado. Com apoio de instituições governamentais, veio a conquista do Selo Arte e foi reconhecido sua qualidade e as boas práticas de produção e de fabricação. O produto entrou no roteiro turístico do Marajó e ganha mercado em todo o país. Apenas quem produz nessa área geográfica, de forma artesanal e respeitando as especificações técnicas em todas as etapas da produção — da criação de búfalos até a comercialização —, tem o direito de usar o título de queijo do Marajó. Antes, os produtores esbarravam em normas sanitárias que regulam o comércio de alimentos de origem animal feitos de forma artesanal. Apenas em 2013 a venda do queijo se estendeu para todo o Pará. Outras regiões, no entanto, só conheceram o queijo do Marajó em 2020, com a criação do chamado Selo Arte, voltado para produtos feitos de forma artesanal. Criado pela Lei nº 13.860, de 18 de julho de 2019 os selos de identificação Artesanal são certificados que asseguram que os produtos alimentícios de origem animal foram elaborados de forma artesanal, com receita e processo que apresentem características tradicionais, regionais, culturais, vinculação ou valorização territorial. E um certificado de boas práticas na produção e fabricação do produto. 

As diferenças entre serviços de auditoria e serviços de perícia contábil 

Há uma dúvida recorrente entre a diferença das atividades profissionais do auditor contábil e do perito contador. O auditor contábil ou a empresa de auditoria, quando for contratada, verificará se as demonstrações contábeis ou financeiras da empresa de cada ano estão adequadas em seus aspectos relevantes. Já o perito judicial é o profissional requisitado pelo juízo numa controvérsia no Judiciário. Este perito atuará, a pedido do juízo, para responder determinadas situações surgidas no processo judicial, a fim de responder às perguntas que serão apresentados pelo autor do processo judicial, pelo réu e pelo juízo. Ao final deste trabalho do perito judicial, este elaborará para o juízo o laudo pericial.  Importante ressaltar que tanto o auditor quanto o perito contador são profissionais com formação obrigatória e prerrogativa de contadores. Tais atividades, tanto um quanto outro, devem ser profissionais com formação em Ciências Contábeis.  

Assista: https://youtu.be/mAldlqh45Us  

PT cria dificuldade para projeto que reajusta teto de faturamento do MEI das Micros e Pequenas Empresas 

O PT está a colocar óbices a aprovação dos novos tetos de faturamento para os Mei’s, Micros e Pequenas Empresas. Projeto que tem prioridade de alta importância pelo Congresso Nacional, prevê impacto (contestado) na arrecadação na ordem de 66 bilhões. Trata-se do projeto dos deputados Marco Bertaiolli (PSD-SP) e Darci de Matos (PSD-SC) que aumenta o teto para enquadramento no MEI (Microempreendedor Individual) para R$ 14.913,41 e reajusta, também, os tetos da Microempresas -ME (R$ 869 mil) e das Empresas de Pequeno Porte (R$ 8,6 milhões) optantes Simples Nacional. Um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) previa a votação do requerimento de urgência em novembro, mas, até agora, o PT não assinou o documento para endossar a proposta. A Receita Federal é contra a aprovação, por causa do impacto na arrecadação. Os parlamentares que defendem a proposta rebatem o número, afirmando que se trata apenas do reajuste da inflação. O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), afirma que não há objeção à ampliação, mas diz que está analisando todos os projetos em tramitação para discuti-los com a equipe de transição. Ele deseja fazer um debate proposta por proposta, mas a atitude preocupa pois se não for aprovada até dezembro só poderá valer a partir de 2024.  As 17 milhões de pequenas empresas brasileiras pedem a Luiz Inacio Lula da Silva que se manifeste sobre o assunto, pois esperam os reajustes já há 6 anos e preveem que a “a quebradeira” e retorno a informalidade vai ser grande, pois o degrau a ser ultrapassado na passagem de MEI para ME ainda é muito grande.  

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