Com o fiasco no Rio, Malafaia abre a porta da cadeia para a prisão de Bolsonaro
“O fracasso em Copacabana é do pastor, que subestimou o cansaço do seu rebanho, mas é também de Bolsonaro e de Tarcísio”, escreve o colunista Moisés Mendes

Silas Malafaia e Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
O vexame da aglomeração em Copacabana foi a segunda armadilha preparada por Malafaia para a extrema direita. Em abril do ano passado, esperavam mais de 500 mil pessoas na praia e apareceram 33 mil.
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Nesse domingo, chegaram a anunciar uma multidão de mais de 1 milhão de bolsonaristas. O cálculo mais preciso, com direito a número com vírgula, chegou a 18,3 mil, segundo estimativa de técnicos da USP.
Alguém deveria ter avisado o pastor de que não daria certo. Que há um cansaço com o discurso de que é preciso salvar os manés do 8 de janeiro para assim livrar também Bolsonaro e seus generais golpistas.
Malafaia, o organizador do ajuntamento, conseguiu chamar até Tarcísio de Freitas ao Rio, mas não teve forças para atrair apoiadores para os ataques ao STF. Malafaia, o anfitrião, é o principal culpado pelo fiasco, por não ter avaliado as chances de que daria tudo errado.
Mas todos os que ele enganou, começando por Bolsonaro, são derrotados pela empáfia e pela arrogância de achar que poderão manter Alexandre de Moraes e o Supremo acossados o tempo todo, até a condenação dos golpistas.
Fracassaram Bolsonaro, os filhos de Bolsonaro, o entorno do primeiro e do segundo time do bolsonarismo, o extremismo radical e o extremismo moderado.
Bolsonaro sai alquebrado para enfrentar a última etapa do seu purgatório, até o que acontecerá dia 25 de março no Supremo, quando os ministros vão aceitar a denúncia da PGR e transformá-lo em réu.
Podem dizer de novo que no Rio é uma coisa e que em São Paulo é outra. E podem até estar certos. É provável que se repita no ato da Paulista, em 6 de abril, o que aconteceu outras vezes.
São Paulo reúne mais bolsonaristas nas ruas do que o Rio, porque no Rio os tios e as tias do zap podem escolher entre ver e ouvir Malafaia ou ficar na areia e no mar. Em São Paulo, esse atrativo não existe e, como diria o poeta, só o que há é o Tietê.
A Paulista das aglomerações já funciona aos domingos como um ímã de todos os tédios da classe média da velha e da nova direita das proximidades, que não tem o que fazer nos fins de semana além de arrastar chinelos e puxar seus poodles pela coleira na avenida ou no Ibirapuera.
O ato em São Paulo acontecerá depois do recebimento da denúncia e poderá funcionar como desforra, se funcionar. Se não der certo, se tiver menos gente do que nas vezes anteriores, Bolsonaro estará mais perto da porta da cadeia, sem força e sem discurso.
E Tarcísio de Freitas, que apareceu com a camiseta azul da Seleção, na tentativa de se diferenciar do amarelo periquito de Bolsonaro e Malafaia, pode até disfarçar que não é, mas também está entre os perdedores. Poucos apareceram para vê-lo como a salvação do bolsonarismo.
É dele agora a responsabilidade de fazer em São Paulo o que Malafaia não conseguiu em Copacabana. O Projeto T precisa provar que, com Bolsonaro morto, Tarcísio fica mais vivo e tem condições de seguir em frente sem o sujeito que o inventou.
Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.
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Comentários
Os esquerdistas assim como os asnos que escreveram esta matéria vão voltar para o chiqueiro imundo de onde sairam prazerosos roubando os miseráveis e aplaudindo a escória assassina desta casa decadente, que não abram mais suas mandíbulas fedorentas para vomitar frases estúpidas
MAS QUE DOR DE COTOVELO ESSA TURMA LIGADA AO GRANDE LADRÃO DO MUNDO, DIZER QUE O EVENTO NO RIO FOI PEQUENO É DIZER QUE SÓ O LULADRÃO CONSEGUE AJUNTAR TANTA GENTE, QUE FEIO QUE JORNALISMO BARATO E RASTEIRO
Malafaia está c... e andando para bolsonaro. Pastor multimilionário, vai se fortalecendo no meio político. Enquanto o Boso e seus filhos, além do Tarcísio e outros direitistas famosos, seguem se qeimando.
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