Como deve ser o tratamento para fimose

Condição precisa ser monitorada na infância e, ao persistir, tratada para evitar complicações

Da redação/Foto: Ilustrativa
Publicada em 10 de maio de 2022 às 15:56
Como deve ser o tratamento para fimose

Quase todo bebê do sexo masculino nasce com um excesso de pele que recobre o pênis e dificulta deixar a glande à mostra, o que exige cuidados específicos na hora da higienização. Com o passar do tempo, a condição tende a desaparecer, pois há o descolamento natural do prepúcio. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), por volta dos três anos, apenas 10% ainda apresentam a dificuldade, percentual que cai para 1% na adolescência. No entanto, quando a situação não é resolvida sozinha, é preciso uma consulta com o urologista.  

A fimose é caracterizada pelo estreitamento da pele em torno do prepúcio, o que impede ou dificulta deixar a glande à mostra. A condição torna mais difícil a higienização da região, o que pode acarretar infecções locais e urinária, além de aumentar o risco de câncer de pênis, doença que somou oito mil diagnósticos no país, entre 2018 e 2021, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).

O alerta ao problema fez com que, em fevereiro deste ano, a SBU realizasse um mutirão de cirurgias de fimose nas regiões Norte e Nordeste, áreas com maior incidência do câncer de pênis. O estado do Maranhão é o que apresenta a maior relação entre o número de diagnósticos e o total de habitantes, conforme estudo publicado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A proporção é de 6,2 casos para 100 mil habitantes.

No mês de março, o Ministério da Saúde, em parceria com a SBU, promoveu a primeira edição do “Fórum de Prevenção do Câncer de Pênis no âmbito da Atenção Primária à Saúde”, uma iniciativa para incentivar o autocuidado e a procura dos serviços de saúde pela população masculina.

Quando procurar o especialista

A fimose pode ser fisiológica, quando a condição está presente desde o nascimento, ou secundária, quando surge em decorrência de uma infecção ou traumatismo, o que pode ocorrer em qualquer idade, como explica o Ministério da Saúde. Portanto, se ao retrair o prepúcio, a glande não fica à mostra, é hora de procurar um urologista.

 Ainda segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico da fimose é feito através de exame clínico e o tratamento depende do quadro e da faixa etária do paciente. Podem ser indicadas pomadas que ajudam a pele a deslizar sobre a glande e exercícios suaves para a retração do prepúcio. Em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia de correção.

Há dois tipos de procedimentos cirúrgicos: o que remove completamente o excesso de pele e o outro em que são realizados pequenos cortes, o que já permite deixar a glande à mostra. Ambos corrigem a fimose e não interferem na vida sexual. 

Importância do tratamento

Quando não tratada, a fimose pode causar uma série de complicações, como a maior propensão para infecções na região, doenças sexualmente transmissíveis, infecção urinária, dor na relação sexual e o câncer de pênis, que pode levar à amputação do órgão.

 A orientação das autoridades de saúde é que pais e responsáveis fiquem atentos à condição da criança a partir dos três anos. Se ela ainda apresentar dificuldades para a retração do prepúcio, é aconselhável informar ao médico para monitorar a situação, pois ainda é possível que o descolamento aconteça naturalmente.

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