Em um país tropical como o Brasil, a busca por sistemas de refrigeração e controle de temperatura em ambientes internos é uma realidade tanto no trabalho quanto em nosso lar. E esse é um assunto tão sério que o Ministério do Trabalho exige que estabelecimentos comerciais ofereçam condições de conforto térmico a todos os seus colaboradores. 

Entre as populares soluções existentes, o ar-condicionado é a preferida da maioria. Isso porque, além de resfriar espaços internos, ele também filtra o ar, removendo especialmente partículas sólidas como fumaça e poeira. O que poucos sabem, porém, é como funciona um aparelho de ar-condicionado. 

A verdade é que entender esse sistema vai além de uma curiosidade, mas é também bastante útil na sua conservação e melhor uso. Entenda como isso acontece. 

Por dentro do aparelho 

Você já deve ter percebido que o aparelho de ar-condicionado tem duas partes principais: a evaporadora e a condensadora. A primeira é a parte que fica dentro do cômodo e o que geralmente identificamos como o ar-condicionado propriamente dito. Conectada a ela está a parte externa, a condensadora, instalada fora da casa. 

Conectando essas duas frações do aparelho temos duas bobinas, uma em cada, que fazem com que o calor saia da evaporadora para a condensadora efetivamente. Para isso, a bobina condensadora estará sempre mais fria que a temperatura ambiente, e a evaporadora sempre mais quente. 

Nessas condições, a parte interna vai sempre absorver o calor interno e ejetá-lo para o ambiente. Para que isso ocorra, existe o fluxo contínuo do que é conhecido como “fluido refrigerante”, uma mistura de gases que tem a capacidade de evaporar e condensar, e daí vem o nome dos sistemas do ar-condicionado. 

Como o processo de evaporação absorve calor, isso é usado para que o sistema funcione. Algo parecido com o que acontece quando o suor na superfície de nosso corpo evapora e sentimos o frescor desse processo. 

Além disso, conectando as duas partes existe um aparelho compressor que facilita essa troca. Sua função básica é aumentar a pressão do líquido refrigerante. Dessa maneira, quando sai da evaporadora, o gás está sob uma pressão maior que a atmosférica, o que facilita também a dispersão de calor para o ambiente externo pela evaporadora, onde um ventilador catalisa essa atividade. 

Existe ainda uma válvula de expansão na saída do condensador para que a pressão alta seja reduzida na volta do líquido, agora quente, para a evaporadora. Com a pressão reduzida, é também reduzida a temperatura e o fluido refrigerante volta para a parte interna do cômodo climatizado em uma temperatura mais baixa que a do ambiente. 

Entendendo a função dos filtros 

Agora que você já sabe como funciona o sistema de refrigeração do ar-condicionado, vamos te explicar um pouco mais sobre os filtros do ar que existem na parte instalada dentro do cômodo, a evaporadora. 

Como você provavelmente já notou, nessa parte do aparelho existe uma circulação constante de ar. Os ares-condicionados mais modernos, inclusive, tem até mesmo a função de controlar a velocidade do vento. Em suma, essa corrente acontece porque existe também ali uma espécie de ventilador com uma hélice que faz o ar circular. 

Mas acontece que esse movimento de entrada e saída de ar, apesar de efetivo para a refrigeração, não são o suficiente para, de fato, condicionar o ar, e é aí que entram os filtros.

Existem diversos tipos de filtros e cada um deles é utilizado em um tipo diferente de aparelho, mas todos têm a mesma função: a de remover as partículas sólidas, inclusive as de dimensões microscópicas presentes no ar.

Por reunirem os resíduos da filtragem, essa é uma parte do aparelho que necessita de manutenção constante, pois quando os filtros estão muito sujos, acabam se tornando um ambiente propício para a proliferação de fungo e bactérias.