Como lidar com o Congresso mais desqualificado da história?
O governo Lula se vê diante do desafio gigantesco de governar com um parlamento como o atual. Não resta outra saída além de acordos e concessões
Arthur Lira e Lula (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Na segunda metade dos anos 80, depois de uma sessão repleta de baixarias, os repórteres reclamaram com o então presidente da Câmara dos Deputados, Ulisses Guimarães, do nível dos congressistas. O velho líder da oposição parlamentar ao regime militar respondeu de primeira: “Vocês ainda não viram nada, nem imaginam o que vem por aí.”
Embora tenha sido profético, o doutor Ulisses, decerto, não poderia imaginar o que estaria reservado para o parlamento brasileiro cerca de 35 anos mais tarde. Comparada com o nível rasteiro da Legislatura 2023/2026, a composição do Legislativo nos anos iniciais da redemocratização do país, quando Ulisses fez sua previsão pessimista, mais parecia uma Câmara dos Lordes britânica.
O governo Lula, portanto, se vê diante do desafio gigantesco de governar com um parlamento como o atual. Não resta outra saída para Lula que não seja enfrentar a realidade, fazendo acordos e concessões. Aliás, seria de bom tom que algumas críticas pela esquerda ao governo levassem em conta a correlação de forças congressual, afinal PT e aliados ficaram bem longe de eleger 51 senadores e 308 deputados, o quórum exigido para mudanças constitucionais.
Embora seja uma lástima o fato de a representação da extrema-direita ser numerosa na Câmara, com 99 deputados do PL e mais os que, movidos pelo antipetismo mais tosco se somam a eles, este nem é o maior problema.
A desgraça é a absoluta falta de civilidade e educação da grande maioria dos integrantes da bancada oposicionista, que têm revelado inaptidão para o dissenso, o debate democrático e o respeito à divergência, pedras angulares do funcionamento de qualquer parlamento ao redor do planeta ao longo dos séculos, desde a Grécia antiga.
O comportamento de deputados bolsonaristas, típico de arruaceiros, e não de representantes do povo, durante os depoimentos dos ministros Flávio Dino (foto) e Silvio Almeida, traz à tona uma evidência: nunca, jamais, em tempo algum o Brasil contou com um número de parlamentares tão desqualificados. Duvido mesmo que haja algo sequer semelhante em qualquer outro país de democracia consolidada.
O reacionarismo, o déficit de conviccão democrática, o golpismo, o despreparo e a estupidez acabam sendo turbinados por doses cavalares de oportunismo e pobreza de espírito.
O comportamento de deputados bolsonaristas, típico de arruaceiros, e não de representantes do povo, durante os depoimentos dos ministros Flávio Dino (foto) e Silvio Almeida, traz à tona uma evidência: nunca, jamais, em tempo algum o Brasil contou com um número de parlamentares tão desqualificados. Duvido mesmo que haja algo sequer semelhante em qualquer outro país de democracia consolidada.
O reacionarismo, o déficit de conviccão democrática, o golpismo, o despreparo e a estupidez acabam sendo turbinados por doses cavalares de oportunismo e pobreza de espírito.
Que movimento terrorista é esse que é o maior produtor de arroz orgânico do país?
Que movimento terrorista é esse que tem cooperativas de produção espalhadas por todo o Brasil?
Que movimento terrorista é esse que é o terceiro maior produtor de leite do país?
Que movimento terrorista é esse que oferece ensino para crianças e adultos?
Que movimento terrorista é esse que acende no coração de centenas de milhares de pessoas a centelha da esperança de conseguir um pedaço de terra para viver e produzir?
E pensar que foi o eleitorado que levou essa turma para Brasília. Moral da história: ou o povo valoriza seu voto, ou o Brasil está lascado.
Bepe Damasco
Jornalista, editor do Blog do Bepe
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Comentários
Para o jornalista esquerdeopata, um congresso nacional qualificado tem que ser como foi nos dois primeiros desgovernos do atual, do ex-presidiário Luladrão, da Dimanta, que tinha como forma de tratamento o mensalão, o Petrólão, sanguessuga entre outros meios de corromper os deputados e senadores. Para o jornalista que publica esse texto, congresso maravilho é aquele, ou seria o que os Congressistas tivessem que se ajoelhar ao maior chefe de ORCRIM das Américas, quiçá do mundo, o ex-presidiário Luladrão. Este sim, seria um congresso para os padrões da ORCRIM PTralha e seus puxadinhos, tentáculos e sustentáculos da velha imprensa a soldos. Para esse jornalista quanto mais nas mãos do ex-presidiário mas seria um congresso nacional maravilhoso aprovando todas aberrações saídas dos porões do Palácio do Planalto, porém, este congresso que está aí não presta porque diferentes dos capachos, fantoches e marionetes em desgovernos passados da ORCRIM PTralha através do chefe-mor da ORCRIM Luladrão e da Dilmanta e ao contrário, esta composição não cadê as vontades ditatoriais do ex-presidiário. E, para piorar a vontade do jornalista desse texto, o seu bandido, ex-presidiário de estimação vai sofrer impeachment até junho deste, anote aí e comece a chorar embaixo do chuveiro ou do lençol, fique a vontade, jornalista. Sua ORCRIM PTralha de estimação vai mais uma vez ser explusa do Palácio do Planalto e seu bandido preferencial e de estimação, o ex-presidiário vai voltar para o xilindró, agora não para o lazer em Curitiba mas para Papuda ou Bangu 8 no RJ, para o habitat natural dele, para o local de onde ele nunca deveria ter sido retirado pelos seus comparsas togados, ok jornalista? Portanto, será este congresso nacional que não se ajoelhou para seu bandido, ex-presidiário de estimação que vai expulsá-lo do Palácio do Planalto e coloca-lo de volta a jaula. É isso... Chora mais, jornalista...
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