Corrupção, tortura e assassinato: a verdade sobre o governo militar no Brasil revelada em áudios
Ao contrário do que alguns dizem, a ditadura impôs governo corrupto. Os áudios do STM desmontam a farsa e reforçam a necessidade de governo ciivl. Sempre.
Tortura derrubou a ditadura e está derrubando Bolsonaro
Em entrevista exclusiva, o advogado Fernando Fernandes conta como foi a luta que travou durante mais de 20 anos nas cortes superiores para ter acesso aos áudios dos julgamento no Superior Tribunal Militar (STM) durante a ditadura.
A entrevista está publicada na TV 247 (veja abaixo). Fernandes conta que o supreendeu a resistência que enfrentou para ter acesso a esses áudios que mostram a verdadeira face do governo dos militares.
Ele acredita que a tortura era um método, criado após orientação de autoridades dos Estados Unidos. Para Fernandes, há semelhanças entre o que ocorreu na ditadura e na Lava Jato, que criou "a Guantánamo brasileira".
A referência é à prisão que os Estados Unidos mantém na ilha de Cuba. Ele trata do tema no seu livro mais recente, Geopolítica da intervenção, que depois de algumas edições no Brasil ganhará tradução para o inglês.
Fernandes e o pai, Tristão, ex-advogado de preso político e ex-preso político, entraram na Justiça em 1997 para ter acesso aos áudios dos julgamentos entre 1976 e 1979 -- antes da anistia --. período em que os juglametos no STM passaram a ser gravados.
O ministro do Supremo Tribunal Federal Maurício Corrêa, que foi presidente da OAB no Distrito Federal, senador e ministro da Justiça no governo de Itamar Franco, indeferiu o pedido de liminar. Eles recorreram, e vinte anos depois os áudios foram liberados.
Ele agora pretende disponibilizar todas as gravações em um site, onde já estão disponíveis alguns de seus livros, o Ffernandes.adv.br.
"Precisamos todos saber em detalhes o que foi a ditadura, para que nunca mais algo do tipo aconteça", afirmou.
Uma pequena parte dos áudios foi revelada neste fim de semana, no blog da jornalista Miriam Leitão, ela mesma ex-presa política, que chegou a denunciar, em 1973, que havia sido torturada com o uso de cobras e cachorros.
A Justiça militar, mesmo ciente dessas informações, não mandou investigar. Os áudios do STM confirmam que as altas autoridades tinha ciência dos abusos, alguns até queriam investigação.
Mas, como todos sabem, a tortura no Brasil, como método para implantar o terror de Estado, restou abolutamente impune. E hoje líderes das Forças Armadas até defendem aquele regime de exceção.
Deveriam ser os primeiros interessados nos esclarecimentos dos fatos, para que Exército, Marinha e Aetonáutica rompam definitivamente com um passado vergonhoso.
Joaquim de Carvalho
Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: [email protected]
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