Covid-19: cartilha do MPT traz cuidados para reduzir contágio no trabalho doméstico
Publicação é voltada para casos em que o trabalho presencial não pode ser suspenso; webinário com a participação da presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), debate tema do trabalho doméstico
Cartilha publicada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) traz cuidados para reduzir os riscos de contágio por covid-19 entre trabalhadoras e trabalhadores domésticos. O material é voltado para casos em que o trabalho presencial não pode ser suspenso, como o cuidado a idosos que residem sozinhos e a pessoas que necessitem de acompanhamento permanente. Na pandemia, como regra, a instituição defende a liberação da categoria para o cumprimento da quarentena, com a manutenção dos empregos e o pagamento integral dos salários pelos patrões.
A cartilha indica cuidados como: a redução do número de dias de comparecimento, sem perda salarial; a higienização de objetos de trabalho ao início e ao final de cada jornada; o fornecimento de meios de transporte particulares aos trabalhadores ou a possibilidade de cumprirem o expediente fora dos horários de pico no transporte público, para evitar aglomerações. Veja aqui as orientações da Cartilha.
A publicação reforça as recomendações da Nota Técnica Conjunta nº 4, publicada em março deste ano pelo MPT, por meio de suas coordenadorias — Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade), Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat) e Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete).
Webinário - Para discutir trabalho doméstico, cidadania e respeito na pandemia, o Ministério Público do Trabalho promoveu um webinar (seminário ou conferência on-line) dia 26 de junho, às 16h, com transmissão ao vivo, no YouTube, no canal TVMPT (tudo junto). Além de representantes da instituição, o debate contou com a participação da presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Luiza Batista. (veja o seminário (webinar) aqui).
Trabalho doméstico no Brasil - Os empregados domésticos são uma das categorias mais vulneráveis nesta pandemia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 72% deles não têm registro em carteira e 61,5% não contribui para a Previdência Social. Dados do IBGE também mostram que 49,5% não concluíram o ensino fundamental e 27,3% não terminaram o ensino médio; um a cada quatro trabalhadores recebe até meio salário mínimo e 1,9 milhão trabalha em mais de um domicílio (30,5%).
A maioria dos profissionais ainda pertence a grupos socialmente excluídos e mais atingidos pelos impactos do novo coronavírus: de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, 67% se declaram negros ou pardos e 92,4% são mulheres. Muitos vivem em locais sem saneamento básico, em moradias precárias e superlotadas. A maioria também não tem acesso à assistência médico-hospitalar.
Fonte: PGT
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