CUT e SINFAR denunciam que oligopólio farmacêutico está levando pequenas farmácias à falência para controlar preços
O exemplo mais escandaloso seria o do Grupo Ultra Popular, que criou a franquia Mega Popular, que teria os mesmos donos, apenas para fingir aos consumidores que seriam farmácias concorrentes
Um pequeno e agressivo grupo de redes de farmácias estaria fazendo concorrência predatória e levando um grande número de pequenas farmácias à falência. Com isso, um reduzido número de redes de farmácias estariam eliminando a concorrência e estabelecendo um controle total de preços dos remédios, que em médio e longo prazo vai tornar a população refém.
O exemplo mais escandaloso seria o do Grupo Ultra Popular, que criou a franquia Mega Popular, que teria os mesmos donos, apenas para fingir aos consumidores que seriam farmácias concorrentes; sendo que o nome comercial nos cupons fiscais é o mesmo: Modena e Silva Ltda, com o mesmo CNPJ de filiais 20.739.844/008-32 e 20.739.844/0059-82, como no caso das duas farmácias na Avenida Amazonas com Avenida Rio Madeira.
Em uma pequena compra realizada por um diretor do SINFAR, nestas duas farmácias, quatro produtos tiveram preços exatamente iguais um absorvente sempre livre de R$ 5,99 com 33% de desconto ficou em R$ 3,99; Neolefrin de R$ 19,28 com 58% de desconto por R$ 7,99; Loratamed de R$ 21,70 com desconto de 82% por R$ 3,99; e Resfriliv de R$ 3,35 com 35% de desconto ficou em R$ 2,18, totalizando 18,15, na duas farmácias. A CUT considera tal prática inaceitável e abusiva, que está enganando deliberadamente os consumidores.
O SINFAR denúncia, ainda, que a prática de descontos absurdos, de até 82% só nos exemplos acima citado, faz parte da estratégia de manipulação de preços, que visa no futuro, quando a concorrência estiver suficientemente eliminada, aumentar absurdamente os preços, alegando-se que apenas retirou o desconto, com isso o Loratamed que hoje custa R$ 3,99 poderia ser vendido, tanto pela Ultra quanto pela Mega, por R$ R$ 21,70, apenas “retirando o desconto”. Uma prática que os órgãos de defesa do consumidor e de controle da concorrência precisam investigar e combater imediatamente.
Um diretor do SINFAR esteve conversando com um gerente da Ultra Popular na semana passada e ele revelou, sob sigilo, como é uma das práticas adotadas para eliminar a concorrência, que funcionaria assim: um grupo de dez farmácias da rede Ultra Popular escolhe uma farmácia, como, por exemplo, a antiga “Santo Remédio” que virou tudo Mega Popular, eles constroem uma unidade do grupo bem em frente, colocam os preços lá embaixo, o prejuízo é rateada entre as outras nove farmácias do grupo, até levar a concorrência à falência, em seguida eles compram e colocam a placa Mega Popular e a população fica achando que são duas farmácias concorrentes, quando na verdade é exatamente a mesma farmácia.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-RO) pretende encaminhar, junto com uma comissão de sindicatos filiados, uma representação ao PROCON, MP e aos Órgãos de controle da concorrência entre as empresas. Para a presidenta da CUT-RO Elzilene Nascimento “tal prática é abusiva, elimina a concorrência entre as farmácias, cria um oligopólio que passará a controlar os preços dos remédios ao seu bel prazer, em breve haverá aumentos abusivos e a população nem poderá reclamar, porque vão dizer que apenas tiraram os fantasiosos ‘descontos’ atuais”.
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Comentários
Sempre achei estranho os descontos praticados, mas não sabia seu objetivo. O mesmo funcionamento predatório pode ser observado em outras grandes redes atuando em outros estados do Brasil e delimitando os limites de seu oligopólio disfarçado. É preciso que os órgãos fiscalizadores acabem com estes descontos de 800% para que passem a praticar o preço real e estimular a concorrência com base no preço real e margem de lucro.
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