A pandemia levou os brasileiros e as pessoas ao redor do mundo a ficarem em casa. Com bastante tempo nas mãos e sem possibilidades de entretenimento no mundo externo, muitos passam a adotar novas atividades dentro do lar. O crochê, o tricô, o bordado e outros tipos de artesanato se tornaram desde uma forma terapêutica até uma nova profissão durante a quarentena.

A onda DIY (Do It Yourself), ou Faça Você Mesmo, em português, tem ganhado adeptos em várias vertentes. Com o tempo forçado em casa, os brasileiros se viram preenchendo o tempo com ocupações manuais. O pão artesanal feito em casa virou moda. Enquanto muitos foram testar novas receitas na cozinha ou até mesmo aprender a cozinhar, outros se encontraram entre linhas e agulhas.

Essas atividades manuais não são somente para as vovós que permanecem no imaginário popular sentadas em cadeiras de balanço fazendo seu tricô. Os mais jovens também estão valorizando as antigas práticas. Muitos dos adeptos se engajaram no bordado como hobby, o que se tornou um afazer terapêutico. Especialistas apontam que tricotar é uma boa forma de se livrar do estresse, além de criar um sentimento de sentir-se bem expressando uma arte.

O ato repetitivo se equipara a uma meditação e traz a pessoa para o aqui e agora. Também é uma forma de se conectar com os outros. Por exemplo, um presente feito com as próprias mãos oferece um afago diferente daquela peça comprada. Também em casa, mais de uma pessoa pode se unir em uma destas atividades, com o uso de agulha e linhas.

Outros viram nessa ocupação uma maneira de revolucionar o guarda-roupa. Muitas pessoas utilizam essas técnicas para personalizar roupas. O upcycling, tendência que dá uma nova cara com criatividade e sustentabilidade reaproveitando objetos e roupas antigas, chegou para ficar. Os brasileiros aproveitaram a pandemia para revigorar suas peças antigas com toques de bordado.

Enquanto para muitos essas atividades passaram por hobby ou um momento meditativo, para outros, tornou-se uma fonte de renda. A crise econômica causada pelo isolamento social e as restrições impostas pela pandemia reduziram a renda de muitos brasileiros. Alguns deles encontraram nas atividades manuais uma maneira de fazer algo que gostam e também obter lucro na venda das peças. O crochê, o tricô, o bordado e outros tipos de artesanato ganharam nova força durante a pandemia para o alívio de muitos, tanto mental, quanto econômico.