Defesa Civil Municipal distribui água potável para cerca de 700 famílias ribeirinhas

Seca extrema afeta poços artesianos e população sofre com falta de água em várias comunidades

Texto: Eranildo Costa Luna Foto: Leandro Morais/ Ana Flávia Venâncio
Publicada em 24 de outubro de 2023 às 15:50
Defesa Civil Municipal distribui água potável para cerca de 700 famílias ribeirinhas

Segundo a ANA, a seca ainda deve perdurar até dezembro

A Prefeitura de Porto Velho atua para assegurar a distribuição de água potável para moradores do baixo Madeira e de outras regiões ribeirinhas, afetadas com a seca extrema que atinge o município. Cerca de 700 famílias precisam do suporte para receber água potável, em razão da redução do lençol freático, sem captação de água nos poços artesianos, semi artesianos e amazônicos, utilizados nessas comunidades.

A informação é do coordenador municipal de Proteção e de Defesa Civil (Compdec), Elias Ribeiro de Barros, que concedeu coletiva à imprensa na manhã desta terça-feira (24), acompanhado do gerente de Operação e Socorro, Anderson Luiz.

"A determinação do prefeito Hildon Chaves, após decretar situação de emergência em razão da seca extrema que provocou a diminuição histórica do nível do rio Madeira, é que a Defesa Civil atuasse em conjunto com as demais secretarias e órgãos para assegurar o atendimento necessário", disse Elias.

Representantes da Defesa Civil em coletiva na manhã desta terça (24)Representantes da Defesa Civil em coletiva na manhã desta terça (24)

Com o Decreto 19.458 de 18 de outubro de 2023, foi facilitada a compra de água potável e de hipoclorito para distribuição. "São cerca de 700 famílias que estão sem água por causa da redução do lençol freático. E quando conseguem água, essa água é contaminada e precisa ser tratada. Estamos hoje iniciando uma grande operação de socorro, levando água para essas comunidades", informou o coordenador.

A Defesa Civil Municipal informou que, com base nas informações meteorológicas de órgãos como a Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico (ANA), a seca deve perdurar até o mês de dezembro, com a situação de normalidade para a navegação atingida apenas no mês de janeiro de 2024.

"Houve uma chuva em algumas regiões e o rio Madeira chegou a registrar 1,90m no último sábado (21), mas hoje o nível registrado é de 1,64m. Para termos uma navegabilidade plena, de dia e de noite, é preciso que a cota atinja 5 metros", completou Anderson Luiz.

O decreto tem prazo de vigência até 30 de novembro de 2023, podendo ser prorrogado.

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