Depois do Tucanistão, o Bolsonaristão

"Com a decadência do PSDB, o eleitor que votou nos tucanos não passou a votar nos petistas, e sim, nos bolsonaristas", analisa Alex Solnik

Fonte: Alex Solnik - Publicada em 17 de junho de 2024 às 21:22

Depois do Tucanistão, o Bolsonaristão

Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)

Os petistas passaram os últimos 30 anos demonizando os tucanos, São Paulo (capital e estado) teria virado um Tucanistão, seria o quartel-general do atraso e da “privataria”, o PSDB não seria um partido social-democrata, mas sim de direita, e por aí afora, temos de dar uma porrada no PSDB nas urnas e nas ruas, pregava Zé Dirceu, contando, é claro que o eleitorado, convencido de que os tucanos são nocivos, e os petistas estão com a razão e sabem governar melhor, passaria a votar no PT.

O que se vê, no entanto, é que, com a decadência do PSDB, o eleitor que votou nos tucanos não passou a votar nos petistas, e sim, nos bolsonaristas.

Bolsonaro herdou, em São Paulo, os votos que elegeram Mário Covas, Franco Montoro, José Serra, no estado e na cidade, e Fernando Henrique Cardoso, no país.

O atual prefeito da capital, herdeiro de Bruno Covas, portanto, vai anunciar nos próximos dias o vice da sua chapa da reeleição, indicado por Bolsonaro. Será o fim do PSDB, de papel passado.

Bolsonaro já tem o estado mais rico, mais poderoso e mais influente do país e está a caminho de conquistar a mais rica, maior e mais influente capital.

Depois do Tucanistão, o Bolsonaristão.  

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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"Com a decadência do PSDB, o eleitor que votou nos tucanos não passou a votar nos petistas, e sim, nos bolsonaristas", analisa Alex Solnik

Alex Solnik
Publicada em 17 de junho de 2024 às 21:22
Depois do Tucanistão, o Bolsonaristão

Jair Bolsonaro e Ricardo Nunes (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Isadora de Leão Moreira/Governo de São Paulo)

Os petistas passaram os últimos 30 anos demonizando os tucanos, São Paulo (capital e estado) teria virado um Tucanistão, seria o quartel-general do atraso e da “privataria”, o PSDB não seria um partido social-democrata, mas sim de direita, e por aí afora, temos de dar uma porrada no PSDB nas urnas e nas ruas, pregava Zé Dirceu, contando, é claro que o eleitorado, convencido de que os tucanos são nocivos, e os petistas estão com a razão e sabem governar melhor, passaria a votar no PT.

O que se vê, no entanto, é que, com a decadência do PSDB, o eleitor que votou nos tucanos não passou a votar nos petistas, e sim, nos bolsonaristas.

Bolsonaro herdou, em São Paulo, os votos que elegeram Mário Covas, Franco Montoro, José Serra, no estado e na cidade, e Fernando Henrique Cardoso, no país.

O atual prefeito da capital, herdeiro de Bruno Covas, portanto, vai anunciar nos próximos dias o vice da sua chapa da reeleição, indicado por Bolsonaro. Será o fim do PSDB, de papel passado.

Bolsonaro já tem o estado mais rico, mais poderoso e mais influente do país e está a caminho de conquistar a mais rica, maior e mais influente capital.

Depois do Tucanistão, o Bolsonaristão.  

Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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