Derivado da maconha pode ajudar no tratamento pós Covid-19

Pesquisador do Incor e da USP vai testar se o canabidiol funciona no combate aos efeitos de longo prazo da doença

Flávio Macedo/Brasil 61/Foto: Julia Teichmann/Pixabay
Publicada em 18 de setembro de 2021 às 09:08
Derivado da maconha pode ajudar no tratamento pós Covid-19

Um estudo inédito comandado por pesquisadores brasileiros vai testar se o canabidiol (CBD), componente sem efeito psicoativo da maconha, pode ser usado no tratamento a longo prazo em pacientes que ficaram com alguma sequela pós Covid-19, ou na chamada Covid longa.

A eficácia comprovada contra outros casos inflamatórios parecidos com os da Covid-19 é uma das hipóteses levantadas pelos pesquisadores.

Coordenador da pesquisa e professor associado da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), Edimar Bocchi, detalha como o derivado atua no tratamento. “O canabidiol atua através do sistema imunológico e bloqueia a informação, e essa medicação tem um grande potencial de beneficiar a sintomatologia dos pacientes pós Covid-19”, explica.

Ainda segundo o pesquisador, o processo de pesquisa vai ser feito de forma ativa usando pacientes que já tiveram a doença. “Ligaremos para pacientes que tiveram Covid-19 e verificaremos o grau de comprometimento da qualidade de vida que eles têm e se eles não tiverem nenhuma contraindicação contra o estudo. Em seguida, eles são sorteados a tomarem o placebo por três meses, e por fim é testado se essa medicação é efetiva ou não”, diz.

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Dados do Covid-19

O Brasil registrou 11.202 novos casos e 333 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, em 17 de setembro. Ao todo, mais de 21 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia. O número de pessoas que morreram pela doença no País é de 589.573. Mais de 20,1 milhões de pessoas já se recuperaram da Covid-19 e outros 310 mil casos ainda estão em acompanhamento. 

A taxa de letalidade média do Brasil é de 2,8%. O Rio de Janeiro é o estado com o indicador mais elevado entre as 27 unidades da federação: 5,55%. Em seguida estão São Paulo, Amazonas e Pernambuco, todos com o índice acima dos três pontos percentuais.  

Taxa de letalidade nos estados 

  • RJ           5,55%
  • SP           3,42%
  • AM        3,22%
  • PE           3,19%
  • MA        2,87%
  • PA          2,82%
  • GO         2,74%
  • CE           2,58%
  • PR          2,58%
  • AL           2,58%
  • MG        2,56%
  • MS         2,56%
  • MT         2,55%
  • RO          2,46%
  • RS           2,43%
  • PI            2,19%
  • BA          2,18%
  • SE           2,16%
  • ES           2,16%
  • DF          2,12%
  • PB          2,12%
  • AC          2,07%
  • RN          1,99%
  • TO          1,68%
  • SC           1,63%
  • AP          1,61%
  • RR          1,57%

Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.  

Comentários

  • 1
    image
    jonas soares 18/09/2021

    Vai gostar de maconha assim la longe, não tem nada em relação a pesquisa de fármacos em que não aparece um esperto enfiando maconha no meio....

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