Documentos do governo mostram que Pazuello mentiu à CPI sobre aplicativo do tratamento precoce
O aplicativo foi lançado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, no dia 11 de janeiro, durante uma solenidade em Manaus, capital do Amazonas
Ex-ministro Eduardo Pazuello e o aplicativo TrateCov (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado | Ministério da Saúde)
247 - O aplicativo TrateCov, lançado em janeiro pelo Ministério da Saúde para ajudar médicos a diagnosticar pessoas com Covid-19, previa que os pacientes assumissem o risco de “eventos adversos” caso aceitassem o chamado tratamento precoce com cloroquina e ivermectina, medicamentos sem comprovação científica para o tratamento contra a Covid-19. A informação foi publicada pela CNN Brasil. O aplicativo foi lançado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, no dia 11 de janeiro, durante uma solenidade em Manaus, capital do Amazonas.
Em depoimento na CPI da Covid, nessa quarta-feira (19), o general disse que a secretária da pasta Mayra Pinheiro foi a responsável pela criação da plataforma e negou que a ferramenta tenha entrado em funcionamento. Porém, registros do ministério e do governo do Amazonas, mostraram imagens da solenidade de lançamento e indicaram, por exemplo, que, no dia 14 de janeiro, a pasta celebrou a adesão de 342 médicos no sistema - na época já em funcionamento.
Reprodução
Em janeiro, usuários do Twitter criaram perfis fictícios para acessar o aplicativo do ministério da Saúde e constataram que a plataforma receita a cloroquina contra a Covid-19, diferentemente do que havia dito Pazuello na época. Pessoas que nem sabiam se estavam com a doença receberam como sugestão o uso do remédio, que também valeu até para recém-nascidos.
Em nota, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou que, assim como em janeiro, alertou o Ministério da Saúde sobre "inconstâncias" no aplicativo. Entre elas o fato de que a plataforma “assegurava a validação científica a drogas que não contam com esse reconhecimento internacional”.
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