É de extrema importância identificar o mais breve possível uma criança com sinais de recusa alimentar

O quadro pode agravar e acarretar em prejuízo da habilidade motora em razão dos distúrbios, afirma a pediatra Tatiana Cicerelli

Fonte: Assessoria - Publicada em 02 de maio de 2024 às 16:32

É de extrema importância identificar o mais breve possível uma criança com sinais de recusa alimentar

Erroneamente existe uma predisposição em culpar a mãe ou a própria criança quando nos deparamos com os pequenos recusando alimentos ou até mesmo não comendo, mas atualmente já há diversos estudos que ajudam a identificar a criança com distúrbio alimentar, mostrando que nem tudo é manha ou desatenção dos pais.

“Um ponto importante é destacar a necessidade de identificar precocemente o quadro, o que reduz diversos  problemas para essa criança no futuro e mais importante que saber o que essa criança está comendo, é identificar como ela está comendo”, afirma a pediatra Tatiana Cicerelli.

A grande maioria das crianças que apresentam esses sintomas são crianças eutróficas, ou seja, não possuem problemas com ganho de peso. Mas o foco deve ser no que cada um ingere, pra evitar prejuízos, entre eles a debilidade das habilidades motoras, evolução nas texturas alimentares, ambiente alimentar conturbado, estresse parental e inclusive comprometimento na qualidade de vida da família.

Mas como as crianças aprendem a comer? Mastigar é um aprendizado!

Comer é mais dificil que falar ou andar, pois envolve uma orquestra que precisa ser coordenada em cada  faixa etária.

“A criança vai aprender a interagir com a comida, no ambiente de refeição. Ou seja, se ela nunca participa das refeições com adultos, pode ser mais difícil de interagir, de expandir suas habilidades e de se interessar por diferentes texturas e sabores. Comer precisa ser uma experiência positiva”, destaca Tatiana.

Se isto não é vivenciado pela criança, ela evita o momento das refeições e não podemos esquecer de avaliar esse cuidador e esse ambiente .

30% das crianças típicas,  passam por algum tipo de dificuldade alimentar.

80% das crianças com algum transtorno, passam por alguma dificuldade alimentar.

O espectro é muito amplo e o primeiro profissional que detecta esse tipo de transtorno  é o pediatra.

“Qualquer questão que afete a família  em relação à alimentação, precisa ser investigada.

Afinal, distúrbio alimentar é sintoma ou é diagnostico?

Para Tatiana Cicerelli ‘é um sintoma, como uma febre, algo está acontecendo que está desajustado, e esse sintoma está relacionado a 204 tipos de diagnósticos, entre eles: prematuridade, refluxo, doenças cardíacas, TEA, fibrose cística, alteração no processamento sensorial, down, paralisia cerebral.

Nos primeiros 2 anos a nutrição ideal promove o crescimento saudável e melhora no desempenho cognitivo. Reduz o risco de obesidade e do desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta.

“‘É muito perturbador para uma família ter uma criança com recusa alimentar. A nutrição é crucial para o desenvolvimento e os pais se sentem bombardeados. Exames complementares são pouco elucidativos e muitos profissionais sugerem tratamentos inadequados”, afirma Tatiana Cicerelli.

50% dos pais não se sentem satisfeitos com as recomendações que recebem. Existe também a percepção equivocada dos pais, ou seja, os pais acham que a criança come pouco, mas quando analisamos, está tudo bem. Come bem com a avó ou na escola e com a mãe come mal.

Em 2019 tivemos uma nova classificação para os distúrbios alimentares, onde diversos fatores estão associados a essa desordem , como problemas médicos,  emocionais, habilidade motora e oral.

“A principal característica dessa crianças é o desinteresse pelos alimentos, repulsa por certos alimentos baseados na sua qualidades sensoriais, medo ou aversão aos alimentos 

durante a refeição”, finaliza a pediatra.

Tatiana Cicerelli Marchini – Médica Pediatra e Neonatologista -  CRM-SP 129889

Formação em Medicina pela Universidade São Francisco em 2007. Fez residência médica em Pediatria pelo Hospital Universitário São Francisco e também em Neonatologia pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É especialista em Pediatria e em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Possui Certificação em Amamentação e em Reanimação Neonatal, ambas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Experiência profissional com atuação em Ambulatório de Recém Nascido de Alto Risco e também em Consultório Médico 

Atua, ainda, como Neonatologista na Equipe da Clínica Parto com Amor, atendendo nas principais maternidades de São Paulo - Hospitais Albert Einstein, São Luiz, Pro Matre , Santa Joana - com foco na assistência humanizada ao parto.

Mais informações: https://www.instagram.com/dratatianacicerelli/

É de extrema importância identificar o mais breve possível uma criança com sinais de recusa alimentar

O quadro pode agravar e acarretar em prejuízo da habilidade motora em razão dos distúrbios, afirma a pediatra Tatiana Cicerelli

Assessoria
Publicada em 02 de maio de 2024 às 16:32
É de extrema importância identificar o mais breve possível uma criança com sinais de recusa alimentar

Erroneamente existe uma predisposição em culpar a mãe ou a própria criança quando nos deparamos com os pequenos recusando alimentos ou até mesmo não comendo, mas atualmente já há diversos estudos que ajudam a identificar a criança com distúrbio alimentar, mostrando que nem tudo é manha ou desatenção dos pais.

“Um ponto importante é destacar a necessidade de identificar precocemente o quadro, o que reduz diversos  problemas para essa criança no futuro e mais importante que saber o que essa criança está comendo, é identificar como ela está comendo”, afirma a pediatra Tatiana Cicerelli.

A grande maioria das crianças que apresentam esses sintomas são crianças eutróficas, ou seja, não possuem problemas com ganho de peso. Mas o foco deve ser no que cada um ingere, pra evitar prejuízos, entre eles a debilidade das habilidades motoras, evolução nas texturas alimentares, ambiente alimentar conturbado, estresse parental e inclusive comprometimento na qualidade de vida da família.

Mas como as crianças aprendem a comer? Mastigar é um aprendizado!

Comer é mais dificil que falar ou andar, pois envolve uma orquestra que precisa ser coordenada em cada  faixa etária.

“A criança vai aprender a interagir com a comida, no ambiente de refeição. Ou seja, se ela nunca participa das refeições com adultos, pode ser mais difícil de interagir, de expandir suas habilidades e de se interessar por diferentes texturas e sabores. Comer precisa ser uma experiência positiva”, destaca Tatiana.

Se isto não é vivenciado pela criança, ela evita o momento das refeições e não podemos esquecer de avaliar esse cuidador e esse ambiente .

30% das crianças típicas,  passam por algum tipo de dificuldade alimentar.

80% das crianças com algum transtorno, passam por alguma dificuldade alimentar.

O espectro é muito amplo e o primeiro profissional que detecta esse tipo de transtorno  é o pediatra.

“Qualquer questão que afete a família  em relação à alimentação, precisa ser investigada.

Afinal, distúrbio alimentar é sintoma ou é diagnostico?

Para Tatiana Cicerelli ‘é um sintoma, como uma febre, algo está acontecendo que está desajustado, e esse sintoma está relacionado a 204 tipos de diagnósticos, entre eles: prematuridade, refluxo, doenças cardíacas, TEA, fibrose cística, alteração no processamento sensorial, down, paralisia cerebral.

Nos primeiros 2 anos a nutrição ideal promove o crescimento saudável e melhora no desempenho cognitivo. Reduz o risco de obesidade e do desenvolvimento de doenças crônicas na vida adulta.

“‘É muito perturbador para uma família ter uma criança com recusa alimentar. A nutrição é crucial para o desenvolvimento e os pais se sentem bombardeados. Exames complementares são pouco elucidativos e muitos profissionais sugerem tratamentos inadequados”, afirma Tatiana Cicerelli.

50% dos pais não se sentem satisfeitos com as recomendações que recebem. Existe também a percepção equivocada dos pais, ou seja, os pais acham que a criança come pouco, mas quando analisamos, está tudo bem. Come bem com a avó ou na escola e com a mãe come mal.

Em 2019 tivemos uma nova classificação para os distúrbios alimentares, onde diversos fatores estão associados a essa desordem , como problemas médicos,  emocionais, habilidade motora e oral.

“A principal característica dessa crianças é o desinteresse pelos alimentos, repulsa por certos alimentos baseados na sua qualidades sensoriais, medo ou aversão aos alimentos 

durante a refeição”, finaliza a pediatra.

Tatiana Cicerelli Marchini – Médica Pediatra e Neonatologista -  CRM-SP 129889

Formação em Medicina pela Universidade São Francisco em 2007. Fez residência médica em Pediatria pelo Hospital Universitário São Francisco e também em Neonatologia pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. É especialista em Pediatria e em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Possui Certificação em Amamentação e em Reanimação Neonatal, ambas pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Experiência profissional com atuação em Ambulatório de Recém Nascido de Alto Risco e também em Consultório Médico 

Atua, ainda, como Neonatologista na Equipe da Clínica Parto com Amor, atendendo nas principais maternidades de São Paulo - Hospitais Albert Einstein, São Luiz, Pro Matre , Santa Joana - com foco na assistência humanizada ao parto.

Mais informações: https://www.instagram.com/dratatianacicerelli/

Comentários

    Seja o primeiro a comentar

Envie seu Comentário

 
NetBet

Envie Comentários utilizando sua conta do Facebook