É inútil e insano transformar o desmentido de fake news no foco central da comunicação do governo
Governo deve assumir o protagonismo do debate, pautando a agenda com firmeza e clareza
Pix se tornou a principal modalidade de pagamentos do país (Foto: Agência Brasil )
É inútil e insano transformar o desmentido de fake news no foco central da comunicação do governo.
Isso equivale a reduzir a gestão a um reflexo das falcatruas ideológicas vomitadas nas redes, subordinando sua ação à agenda de quem subverte a realidade para perverter a vida e a política.
Persistir nessa lógica ignora aspectos fundamentais da alienação na era digital: a servidão irracional, o convencimento pela exposição massiva e o endosso midiático.
Os extremistas fundamentam sua convicção na submissão total ao ecossistema de desinformação. Consumir, apoiar e disseminar mentiras não é apenas um ato, mas uma forma de dar sentido a vidas medíocres e ressentidas. Daí o desprezo aos fatos e à informação: para eles, o ódio se sobrepõe à razão, e a fake news se torna um veículo para expressar o desejo de destruir o outro e afirmar uma identidade nula.
Desmentir, por si só, é ineficaz – sobretudo diante de uma mídia alucinada pelo prazer de manipular a ignorância com fins políticos e elitistas. Esse cenário é agravado pelo efeito persuasivo das redes sociais, onde o alto engajamento potencializa as mentiras, inutilizando os esforços pela verdade e prendendo o governo à pauta delirante e incessante das falsas versões da realidade.
Reagir passivamente a essas mentiras apenas retroalimenta essa anomalia comunicativa. O domínio do debate público exige que o governo ocupe a pauta e proponha os assuntos com narrativas próprias.
É essencial responder às mentiras com novos temas, utilizar os canais de TV para anúncios estratégicos a cada fake news, politizar a questão e associar a falsificação à criminalidade extremista. Mais do que isso, é preciso estabelecer uma agenda diária para explorar os avanços em projetos, programas e ações políticas, esgotando a atenção destinada às fraudes.
Uma batalha ideológica contínua deve ser travada, simbolizando atos concretos e criando contrapontos humanitários à barbárie oposicionista. Permanecer exclusivamente no desmentido apenas vicia os mentirosos, conferindo-lhes visibilidade e perpetuando a desinformação no imaginário público.
Quem define o tema dita a reação. Portanto, o governo deve assumir o protagonismo do debate, pautando a agenda com firmeza e clareza.
Tiago Barbosa
Jornalista, pós-graduado em História e Jornalismo, com passagem por jornais de Pernambuco
56 artigos
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Comentários
A questão central é que ninguém acredita no governo! Vide a taxa das blusinhas, sigilo de 100 anos, a Picanha e outras mentiras contadas...
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