Eleição e redes sociais - como os candidatos utilizam o digital a seu favor

Pablo Marçal está à frente no uso das redes e comunidades

Fonte: João Finamor/Foto : Marcos Oliveira/Agência Senado - Publicada em 27 de agosto de 2024 às 15:28

O uso das redes sociais pelos políticos para suas campanhas é uma realidade. A corrida eleitoral deste ano é prova disso. “Em 2024 vamos viver as eleições das redes sociais. Nós estamos acompanhando uma pessoa que sabe fazer isso muito bem, o Pablo Marçal”, comenta João Finamor, professor de marketing digital da ESPM.

Para Finamor, o candidato utiliza em sua campanha a mesma estratégia aplicada por Andrew Tate, um britânico que em 2022 foi um dos nomes mais buscados na internet após falas polêmicas e misóginas. “Ele trabalha muito bem as comunidades, pagando para as pessoas distribuírem seus conteúdos, os famosos cortes. O Marçal segue a mesma linha, com um ranking e um campeonato de cortes que premia quem mais publica”, pontua. 

O professor destaca que a estratégia é gerar conteúdo para esses cortes. “Quanto mais polêmico e popularizado, maior a entrega. Por isso, ele sempre vai ter uma ação para gerar esse corte, como o fato de não responder as perguntas”. Ainda nessa análise, Finamor destaca três etapas: primeiro é realizado o clássico funil, quanto mais corte, maior o awareness e mais as pessoas sabem quem ele é. Em um segundo momento, ele faz com que as pessoas se conectem de alguma forma com ele e suas propostas, para ao final chegar na etapa de conversão e votos. 

“Diferentemente de outros candidatos que não sabem usar o digital a seu favor, replicando estratégias tradicionais de marketing, o Marçal está muito à frente nesse quesito”, conclui. 

O especialista está disponível para conceder entrevistas.

Fonte:  João Finamor, professor de marketing digital da ESPM.

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