Em coletiva de imprensa comandante-geral da PM fala sobre operação Nova Mutum

Após a desocupação total das áreas, a Polícia Militar vai continuar com os patrulhamentos de rotina na região, segundo afirmou o comandante-geral da PM

Polícia Militar de Rondônia
Publicada em 22 de outubro de 2021 às 15:16
Em coletiva de imprensa comandante-geral da PM fala sobre operação Nova Mutum

O comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, coronel Alexandre Luís de Freitas Almeida, em entrevista coletiva na manhã de hoje, 22, no Quartel do Comando Geral, em Porto Velho, falou sobre os trabalhos realizados pelas forças policiais na Operação Nova Mutum, que tem como objetivo cumprir mandados judiciais de reintegração e manutenção de posse nas fazendas Arco-Íris, Boi Sossego, Três irmãos I, II e III, Nova Esperança, Boa Esperança e Santa Carmem.

São cerca de 400 policiais militares trabalhando na região para realizar a retirada de forma ordeira, pacífica as cerca de 300 famílias que ocupam as áreas de propriedade particular. No local, as forças policiais encontraram muitos crimes ambientais, áreas devastadas, com extração de madeiras e venda de lotes para pessoas, sem nenhum tipo de documentação, de forma ilegal.

Plano de ação

Para cumprir os mandados, a Polícia Militar, juntamente com os oficiais de justiça e demais órgãos envolvidos, montaram um verdadeiro plano de ação, composto por militares e todo o apoio logístico necessário para dar cumprimento à decisão da justiça. Helicópteros também estão sendo usados para sobrevoar a área e dar apoio as forças policiais. “Havia essa necessidade, já que foram expedidos sete mandados de reintegração de posse naquela região para serem cumpridas em oito propriedades que estavam sendo invadidas”, explicou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Luís de Freitas Almeida.

Para evitar possíveis novas ocupações, a Polícia Militar resolveu montar uma grande operação para que todos os mandados fossem cumpridos em uma única ação. “Não tinha como realizar uma operação por vez, porque quando reintegrávamos uma fazenda, outra era invadida, fazendo com que o estado gastasse com diárias, logística e no final nada de efetivo acontecia. Então, mediante disso, fizemos um planejamento para que de maneia única fosse policiadas e reintegradas as fazendas na região da Ponta do Abunã”, destacou o comandante-geral.

Equipes da Assistência Social do Município e do Estado prestaram assistência para as famílias que estão sendo retiradas das áreas de propriedade particular. A Defensoria Pública Estadual também está atuando na região. “Aquelas pessoas que não tem para onde ir são levados para um local conhecido como “Vila da Penha”, onde ficam em uma pousada, com direito à alimentação, até que consiga ir para um local mais adequado”, disse o coronel da PM, Alexandre Luís de Freitas Almeida.

Após a desocupação total das áreas, a Polícia Militar vai continuar com os patrulhamentos de rotina na região, segundo afirmou o comandante-geral da PM.

Decisão do STF

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O coronel da PM, Alexandre Luís de Freitas Almeida, disse que toda a área da fazenda Norbrasil já estava cercada pelas forças policiais, quando saiu a liminar mandando suspender temporariamente a reintegração de posse. “Os policiais já estavam chegando aos acampamentos, mas não foi possível fazer a reintegração até o momento por causa da liminar judicial”, enfatizou.

Segundo a PM, a fazenda Norbrasil, era justamente o alvo principal da Operação Nova Mutum, já que lá se concentra a parte mais violenta do movimento. “Lamentamos porque seria uma reintegração onde toda a área ficaria limpa para o patrulhamento preventivo da Polícia. O foco seria nessa fazenda porque nesse local tivemos alguns embates no passado, onde dois oficiais da PM morreram, após ser alvo de criminosos. Segundo informações, nessa região concentra a parte mais violenta do movimento”, destacou o comandante-geral.

O coronel PM Almeida falou ainda que a previsão era que a operação na região fosse finalizada na próxima segunda-feira (25), mas por conta de alguns imprevistos, inclusive por causa da liminar do STF, não será possível finalizar na data prevista, segundo o comandante-geral da PM.

Fotos: DCOMPMRO

Texto: DCOMRO e Uil Cavalcante

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