Em queda nas pesquisas, Bolsonaro admite inflação alta e promete aumento de 50% para o Bolsa Família

"Está sendo negociado para aumentar aí 50%. Até dezembro. Houve inflação sim. Alimento subiu no mundo todo”, disse ele. Valor atual é de R$ 190 e passaria para R$ 270

Brasil 247
Publicada em 17 de junho de 2021 às 15:56
Em queda nas pesquisas, Bolsonaro admite inflação alta e promete aumento de 50% para o Bolsa Família

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto10/06/2021 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nessa quinta-feira que o governo estuda elevar o valor médio do programa Bolsa Família para além dos 250 que estava sendo programado pela equipe econômica, e afirmou que o benefício com reajuste passaria a ser pago a partir de dezembro.

"Está sendo negociado para aumentar aí 50%. Até dezembro. Houve inflação sim. Alimento subiu no mundo todo e foi agravado pela pandemia do fique em casa", disse o presidente a apoiadores depois de ser perguntado se realmente o benefício seria reajustado para 300 reais, como ele mesmo havia afirmado esta semana.

O valor médio pago hoje aos beneficiários do programa é de 190 reais mensais --existem variações de acordo com o tamanho da família e a idade das crianças. A equipe econômica já havia fechado as contas em um reajuste para 250 reais, em média --valor que poderia ser pago sem romper o teto de gastos e sem cortar outros programas, como exigia o presidente.

Na quarta à noite, em uma entrevista para um canal de tevê de Rondônia, Bolsonaro afirmou que era necessário aumentar esse valor e que queria 300 reais.

Os 50% de aumento em relação ao patamar atual, ditos nessa quinta pelo presidente, levariam a um valor um pouco menor, de 285 reais --um meio termo entre o previsto e o desejado por Bolsonaro.

A afirmação de quarta-feira pegou a equipe econômica de surpresa, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, porque todos os cálculos já estavam feitos para que se fizesse caber os 250 reais mensais no Orçamento, a serem pagos a partir de novembro.

Segundo essa mesma fonte, por enquanto não se sabe ainda de onde sairão os recursos para fazer o que o presidente quer, mas a proposta certamente virá do corte de outros programas existentes, já que não há como aumentar ainda mais as despesas sem ultrapassar o teto de gastos.

Comentários

  • 1
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    robson 17/06/2021

    que tal ao invés dele aumenta em 50% o bolsa família (compra de voto antecipada) ele saia da presidência. ele ta comprando o pessoal do centrão (gangue de politicos), COM A MP DA ENERGIA ELÉTRICA, E QUE VAI PAGAR O POVO COM UM AUMENTO DE 30% NA SUA CONTA DE ENERGIA.

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