Entre o discurso e a prática

É muito fácil dizer, o difícil é fazer. Em Porto Velho, de modo especial, já vimos isso de maneira incontestável em várias oportunidades

Valdemir Caldas
Publicada em 04 de junho de 2020 às 09:17
Entre o discurso e a prática

Entre as mais relevantes atribuições da Câmara Municipal de Porto Velho destacam-se a sua competência para cassar o prefeito municipal, legislar sobre matéria tributária, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, planos e programas de governo, autorizar o Município a celebrar convênios com instituições bancárias para contratação de empréstimos.

Falo isso, quando estamos às portas de eleições municipais, para escolha do prefeito e de vinte e um vereadores, que vão comandar os destinos de Porto Velho, por um período de quatro anos, para realçar a grande importância que tem o parlamento municipal. Por isso, todo cuidado é pouco na hora do voto. Temos inúmeros pré-candidatos, de todos os matizes e de todas as tendências. É preciso saber separar o joio do trigo antes de apertar o teclado da urna eletrônica, para, depois, não ter que chorar sobre o leite derramado. 

Procure ver as coisas com clareza. Não se deixe levar por discursos comoventes, mas vazios de conteúdo. Procure descobrir quem representa esse ou aquele interesse. Investigue a fundo as intenções de cada um deles, quase sempre, ou sempre, muito bem escondidas, sob os mais diversos disfarces. Responda-me, meu caro eleitor, você votaria em um candidato que mal sabe escrever o próprio nome? Que tipo de produção legislativa você acha que essa pessoa poderia produzir para melhorar a vida da população? Que postura você acha que ela adotaria quando tivesse que discutir um projeto de lei que sobre matéria financeira? Talvez você não saiba, mas todo vereador é membro de uma ou mais Comissão. Como você acha que ele se comportaria como membro de uma Comissão de Educação, por exemplo? Tudo bem que a legislação permite, mas não se esqueça de que cabe a você a escolha.

Em politica o que não faltam são lobos travestidos de cordeiros. Há, evidentemente, muita gente de bem, mas existem muitos farsantes. Hoje, o que se vê muito bem é uma enorme distância, um fosso abissal, entre o discurso e a prática politica de candidatos e políticos. É muito fácil dizer, o difícil é fazer. Em Porto Velho, de modo especial, já vimos isso de maneira incontestável em várias oportunidades. Em campanhas anteriores, vimos muitos pré-candidatos e candidatos com discursos e propostas de luta em defesa do servidor público municipal, na mais pura desfaçatez, mas nunca moveram um palito de fósforo para reconhecerem as conquistas históricas da categoria.

Separado o joio do trigo, identificada à origem e conhecida a biografia e a postura atual dos candidatos tanto ao palácio Tancredo Neves quanto à Câmara Municipal, deve-se então proceder à escolha dos eleitos, levando-se em consideração dois critérios importantes, ou seja, seriedade e competência, para bem representar o Município, com honra e altivez.

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