Equipes de remoção inter-hospitalar transportam 20 a 30 pacientes por dia em Porto Velho
Vinte a trinta pacientes com a Covid-19 e outras doenças com complicações respiratórias são diariamente removidos do Hospital de Base para outros hospitais e clínicas em Porto Velho. O serviço funciona de domingo a domingo
De manhã e à tarde, a equipe plantonista vai até a clínica onde estão os pacientes a serem transportados e procedem à organização da ficha de cada um
Da Covid-19 ou de outras doenças também sujeitas ao agravamento respiratório, o Serviço de Transporte Inter-Hospitalar do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro cumpre diariamente, em média, 20 a 30 remoções de pacientes.
É um trabalho feito de domingo a domingo, desde o início do atendimento do sistema hospitalar do governo estadual às vítimas do novo coronavírus em Porto Velho, cidade com o maior número de infectados.
Segundo o coordenador, Kristofferson Santos de Souza, o serviço utiliza três ambulâncias terceirizadas, duas básicas e uma avançada, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) móvel com médico/médica, enfermeiro, técnico e socorrista. Exceções na interrupção das remoções só ocorrem nos fins de semana, em casos de urgência.
Antes da pandemia, as equipes já praticavam o ritmo incessante de hoje, com a diferença que a demanda dos “positivados” da Covid-19 aumentou consideravelmente a ocupação de leitos no Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) e na Assistência Médica Intensiva (AMI) 24 horas.
Quem aciona o serviço por telefone ou WathsApp é o Núcleo de Regulação de Exames. De manhã e à tarde, a equipe plantonista vai até a clínica onde estão os pacientes a serem transportados e procedem à organização da ficha de cada um.
Ali reúnem a documentação necessária (RG, CPF, cartão do SUS) e anexam a esse rol os pedidos médicos para a saída do paciente e a solicitação para exames externos.
“Tudo tem que estar perfeito. A essas exigências acrescentamos a chave da regulação do paciente, para que a remoção seja feita devidamente”, diz Kristofferson.
A chave é programada conforme a vaga disponível. As equipes telefonam com antecedência para a clínica, para que haja sincronia de atuações, explica o coordenador: “De modo algum, o paciente sentirá demora em sair de um lugar para o outro”.
Segundo Kristofferson a comunicação externa é feita por qualquer membro plantonista e a própria secretária poderá fazê-la, juntamente com técnicos da ambulância, o socorrista e o coordenador. “Se o paciente for de UTI ou de pós-operatório, aí entram o médico e o enfermeiro do transporte”, assinala.
A unidade que irá receber o paciente deverá ser comunicada da sua condição clínica, idade, peso, diagnóstico, padrão respiratório, especificações dos tipos de dispositivos invasivos e materiais/equipamentos necessários, descrição do uso de medicamentos, necessidade de adoção de precauções específicas e hora exata da transferência.
No atual momento da Covid-19 no Estado, as equipes do Serviço de Transporte Inter-Hospitalar dispõem de enfermeiros em escalas extras, enquanto médicos das clínicas participam com exclusividade.
“A cada viagem, todos ficam posicionados no HB e na clínica para a qual será levado o paciente a ser avaliado, e esse contato entre nós é imediato e cronometrado, para fluir a contento e com a máxima responsabilidade”, acrescenta Kristofferson.
Os cuidados são previstos em protocolos nos quais o planejamento das ações visam prever todas as intercorrências que possam acontecer durante o transporte, com intuito de evitá-las:
►Alterações dos níveis pressóricos; parada cardiorrespiratória; arritmias; acidente vascular cerebral; insuficiência respiratória; broncoaspiração, vômitos; alteração do nível de consciência; agitação; crise convulsiva; dor; hipotermia; aumento da pressão intracraniana; hipo/hiperglicemia e broncoespasmo.
► Extubação; obstrução de vias aéreas por secreções; pneumotórax; tração de cateteres; perda do acesso venoso; interrupção da infusão de drogas vasoativas; término do medicamento e falhas técnicas dos equipamentos.
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