Estudantes do Curso Técnico em Aquicultura do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Ariquemes, realizaram visita técnica à UHE de Santo Antônio na quinta-feira (21). Foram 22 estudantes, acompanhados por dois professores, que conheceram as estruturas e laboratórios in loco.

As aulas realizadas em formato de visitas técnicas aproximam teoria e prática, possibilitando aos alunos conhecerem outras estruturas, laboratórios e ampliarem as oportunidades de atuação profissional na área técnica. “Interessante porque observam outra linha de trabalho que é a pesquisa, que precisa de mais investimento, mais estudo. Para os estudantes verem que tem um diferencial, pois a aquicultura é muito vasta, com um leque de linhas de pesquisa e de mercado de trabalho muito amplo, que serve para eles terem essa visão”, diz a professora do Campus Ariquemes, Raica Esteves Xavier Meante.

Atualmente, Rondônia é o maior produtor de peixe nativo no Brasil. A ida à usina foi acompanhada pela representante de Comunicação Corporativa da Hidrelétrica Santo Antônio, Malu Pereira, mais os biólogos do Laboratório de Reprodução de Peixes, João Roberto Ferreira Garcia e Talita Fregadoli Peres. Os estudantes também visitaram o Sistema de Transposição de Peixes, com extensão superior a 900 metros e que é usado para migração das espécies visando chegar às nascentes dos rios para reprodução. O grupo ainda passou pela área em que estão instaladas as comportas de passagem das águas do Rio Madeira.

Raica comenta que as pesquisas realizadas na Santo Antônio Energia em relação aos recursos pesqueiros são feitas com espécies diferenciadas. “Em Ariquemes trabalhamos muito Tambaqui. Aqui se desenvolve uma pesquisa voltada para os bagres, no caso eles conseguiram reproduzir a Piramutaba, com o objetivo maior de conseguir reproduzir a Dourada. No entanto, essas pesquisas continuam, e nós observamos as estruturas que são diferenciadas, a estrutura de reprodução e dos raceways, que são sistemas que não existem em Ariquemes, mas que não está relacionada à reprodução que é o nosso maior foco. É interessante os alunos verem esse sistema de reprodução, a pesquisa que está sendo desenvolvida, a diferenciação em termos de espécies que existem na Amazônia e no Rio Madeira e que podem ter um diferencial para a aquicultura no Estado de Rondônia”.

A estudante Fabíola Nunes afirma ter tido a possibilidade de muito aprendizado durante a aula de campo. “Jamais que eu ia imaginar que esse laboratório era tão grande, que fazia a reprodução da Dourada. Eu sabia da reprodução a partir do Tambaqui, não da Dourada. Eles aqui trabalham 24 horas para poder reproduzir esses peixes. Isso para mim foi muito importante, essa visita vou carregar para o resto da vida. Não só eu, mas todas as pessoas do Curso de Aquicultura”.

O estudante Jackson Alves conta que tem tido muito aprendizado durante o curso e que as expectativas são boas para quando tiver concluído o curso. “Estou muito satisfeito e recomendo. Todos os professores e o Instituto estão de parabéns”, comentou, acrescentando que teve muito aprendizado durante a visita técnica.

Conforme o professor Carlos Eduardo Mounic Silva da disciplina de Construções Aquícolas, a estrutura vista representa “um laboratório de grande tecnologia no estado de Rondônia”.  Sobre o Curso de Aquicultura ofertado pelo IFRO, ele mostra os diferenciais, pois é um curso que “oferece conhecimento na parte de engorda, tanques rede, de cultivo em viveiros e de reprodução, larvicultura e alevinagem de peixes nativos”.

Seleção

O Campus Ariquemes está com inscrições abertas até o dia 25 de novembro para o Curso Técnico em Aquicultura da modalidade Subsequente ao Ensino Médio. Mais informações neste LINK.