EU E AS HAVAIANAS
Para quem viveu essa fase, a sandália faz parte da própria história de vida, que segue sendo lembrada até hoje. E que se danem os fascistas
No trabalho, uso estas havaianas o dia todo, só calçando sapatos quando tenho compromissos fora do escritório
Minha relação com as sandálias Havaianas começou na infância, em Porto Velho, quando o dinheiro era curto e as opções de roupa e calçado eram muito limitadas. Para mim e para muitas outras crianças e adolescentes pobres, não havia escolha: a gente usava Havaianas, o modelo padrão, sem cor diferente, sem novidade, por muito tempo, até gastar tudo o que dava.
De tanto usar, o solado ia ficando comido de um lado, conforme a pisada. Quando a tira arrebentava por baixo, a solução era simples: um prego para segurar. Às vezes, depois de anos de uso intenso, abria até um buraco no meio da sandália. Mesmo assim, ela continuava servindo. Perder uma Havaiana era problema sério, porque não existia a possibilidade de comprar outra logo em seguida.
Naquele tempo, adultos e crianças pobres quase não usavam sapato fechado. A sandália de borracha fazia parte da rotina, combinava com o calor, durava bastante e era o que cabia no bolso. A alpargata até existia, mas era rara. Só mais tarde, já na adolescência, começaram a aparecer os tênis Bamba, Kichute e Conga, marcando uma mudança aos poucos.
Com o passar dos anos, as Havaianas deixaram de ser apenas um calçado simples e ganharam novos modelos, cores e estilos. Mesmo assim, para muita gente, inclusive para mim, a ligação com a marca ficou marcada pela infância, pela necessidade e pela forma como a gente aprendeu a se virar com pouco.
Isso ajuda a entender por que as Havaianas continuam presentes em várias gerações. Não é só pelo conforto, pela durabilidade, pelo preço ou pela confiança no produto. É também pela memória. Para quem viveu essa fase, a sandália faz parte da própria história de vida, que segue sendo lembrada até hoje. E que se danem os fascistas.
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