Está chegando a hora do maior espetáculo do futebol mundial. Entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro deste ano o Catar sediará a 22ª edição da Copa do Mundo, na qual contará com a presença de 32 seleções.

Como não poderia ser diferente, as expectativas do Brasil para uma das competições mais importantes do planeta já estão a todo vapor.

De fato, desde que assumiu o posto de técnico da seleção brasileira em setembro de 2016, o trabalho de Tite está acima da média nos números. Com 79,5% de aproveitamento, ele comandou o time canarinho em 70 oportunidades — totalizando jogos amistosos, confrontos das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, Mundial de 2018 e duas edições da Copa América (2019 e 2021).

Ao todo, Tite soma 51 vitórias, 14 empates e apenas 5 derrotas à beira do campo pelo Brasil. Nessa sequência de partidas, também chama a atenção a força do ataque e a solidez defensiva da equipe: 143 gols marcados e apenas 22 gols sofridos.

Mas será que o trabalho do técnico Tite tem a chancela de importantes referências do futebol para o Mundial deste ano?

Treinar a seleção brasileira é um dos cargos mais importantes do esporte, o que acaba atraindo os olhos do mundo inteiro. Até por isso, sempre quando podem, muitos jornalistas brasileiros pedem a opinião de treinadores estrangeiros sobre o trabalho de Tite.

Por exemplo, o atual comandante do Manchester City (ING) e um dos melhores treinadores da atualidade, o espanhol Pep Guardiola declarou em entrevista ao repórter Fred Caldeira, do canal TNT Sports, que Tite faz um excelente trabalho pela seleção brasileira e que o método do técnico brasileiro deve ser mantido.

Assim como Guardiola, o técnico português Abel Ferreira, bicampeão da Taça Libertadores pelo Palmeiras, já disse em diversas oportunidades que o futebol praticado pela seleção brasileira o agrada muito. Ou seja, não há como negar que Tite anda com o moral elevado junto aos seus colegas de profissão.

Brasil cotado entre os principais favoritos para vencer o Mundial do Catar

Classificado para a Copa do Mundo com antecedência e líder absoluto das Eliminatórias Sul-americanas, o Brasil tem sido cotado no mundo das apostas de futebol online como a seleção a ser batida na Copa do Mundo do Catar, à frente até mesmo da atual campeã França.

Já a Argentina do craque Lionel Messi, que inclusive já foi carrasco da seleção canarinho, não aparece nem na relação top 5 de seleções favoritas para conquistar o Mundial em dezembro. Confira abaixo a ordem de favoritos das principais prévias no mercado das apostas esportivas:

1º Brasil;

2º França;

3º Espanha;

4º Inglaterra;

5º Alemanha.

A título de curiosidade, as cinco seleções que estão apontadas como as principais candidatas a levantar o caneco já subiram no lugar mais alto do pódio ao menos uma vez na história dos mundiais. Além disso, vale destacar que apenas Alemanha ou Itália, ambas tetracampeãs do mundo, podem alcançar o pentacampeonato do Brasil (1958, 1962, 1970, 1994 e 2022) em solo catari.

Copa do Mundo do Catar deverá marcar o fim do ciclo de Tite na seleção brasileira

Recentemente, Tite disse no programa “Redação SporTV” que deixará o cargo de treinador do Brasil após o Mundial do Catar. A notícia pode ter pegado algumas pessoas de surpresa, mas nos bastidores da CBF já se sabia da decisão do treinador há algum tempo.

O fato é que, dentre os motivos de sua escolha, Tite falou no programa em fim de ciclo, bem como pontuou que muitos profissionais capacitados poderiam estar em seu lugar e que poucos técnicos na história tiveram a oportunidade que ele terá a partir de novembro: poder treinar o país em mais de uma edição de Copa do Mundo. No Mundial de 2018, os comandados de Tite perderam para a Bélgica.

Contudo, campeão da Copa América de 2019 — ano em que completou três anos à frente da seleção do Brasil —, Tite terá uma excelente oportunidade de encerrar o seu ciclo de seis anos com chave de ouro no Catar.

Afinal, ainda que seja uma dura tarefa vencer um torneio como a Copa do Mundo, um trabalho vitorioso no Mundial poderá colocar Tite no rol dos maiores técnicos da seleção brasileira em toda a história.