Fato ou Boato: urna eletrônica brasileira não foi hackeada nos Estados Unidos

Equipamento que participou de testes na Defcon, em Las Vegas, é americano

TSE
Publicada em 21 de julho de 2021 às 16:33
Fato ou Boato: urna eletrônica brasileira não foi hackeada nos Estados Unidos

Um texto difundido nas redes sociais afirma que a urna eletrônica brasileira teria sido invadida em uma convenção hacker realizada em julho de 2017, na cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos. A mensagem diz também que os participantes do encontro teriam violado o sistema do equipamento brasileiro em menos de duas horas. 

Mas será que esse evento realmente existe? Teria sido a urna eletrônica hackeada durante a convenção?

A edição da série Fato ou Boato desta semana traz a resposta.

Fato ou Boato?

O encontro de hackers ao qual a citação compartilhada na internet se refere de fato existe. É a Defcon, considerada a mais tradicional conferência de hackers do mundo. Portanto, essa parte do texto é verdadeira. Contudo, a informação de que a urna eletrônica brasileira teria sido invadida durante o evento é completamente falsa.

Assista à reportagem sobre a Defcon produzida pelo canal do TSE.

Inclusive, naquela edição do evento, dois técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) participaram da Defcon para conferir o trabalho dos especialistas que tentavam atacar os modelos de urnas usadas nos Estados Unidos. Ou seja, em nenhum momento os equipamentos brasileiros foram submetidos aos testes realizados durante a conferência. 

Os servidores do TSE também aproveitaram a oportunidade para observar a organização do encontro e coletar experiências para aprimorar o Teste Público de Segurança (TPS), uma espécie de versão brasileira da Defcon.

Sobre o TPS

Desde 2009, o TSE convida especialistas em tecnologia para tentar burlar as barreiras de proteção da urna eletrônica e dos sistemas a ela vinculados. Qualquer brasileiro com mais de 18 anos pode se inscrever para participar.

A ideia do TPS é verificar se há alguma vulnerabilidade que possa comprometer a segurança do processo eleitoral brasileiro. Caso alguma fragilidade seja identificada, ela é corrigida e novamente testada pelos participantes antes da realização do pleito.

Saiba mais sobre o Teste Público de Segurança.

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